ATA DA DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 16-3-2005.

 


Aos dezesseis dias do mês de março de dois mil e cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro e Raul Carrion. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Paulo Odone, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Quarta e Quinta Sessões Ordinárias e da Primeira Sessão Solene, que deixaram de ser votadas, em face da inexistência de quórum deliberativo. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Aldacir Oliboni, o Projeto de Lei do Legislativo nº 054/05; pelo Vereador Carlos Todeschini, o Projeto de Resolução nº 074/05 (Processo nº 1609/05); pelo Vereador Elias Vidal, os Pedidos de Providências nos 340 e 341/05 (Processos nos 1627 e 1629/05, respectivamente), o Pedido de Informações nº 065/05 (Processo nº 1542/05) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 075/05 (Processo nº 1523/05); pelo Vereador Ervino Besson, o Pedido de Providências nº 334/05 (Processo nº 1576/05); pelo Vereador Haroldo de Souza, o Projeto de Lei do Legislativo nº 068/05 (Processo nº 1441/05); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providências nos 317, 318, 319, 320, 321, 322, 323, 324, 325, 326, 327, 328, 329, 330, 331 e 332/05 (Processos nos 1544, 1547, 1549, 1554, 1555, 1556, 1557, 1558, 1559, 1560, 1561, 1562, 1563, 1564, 1565 e 1566/05, respectivamente), o Pedido de Informações nº 062/05 (Processo nº 1519/05) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 234/04 (Processo nº 5645/04); pela Vereadora Margarete Moraes, os Pedidos de Informações nos 058 e 063/05 (Processos nos 1443 e 1535/05, respectivamente) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 067/05 (Processo nº 1437/05); pelo Vereador Sebastião Melo, o Pedido de Providências nº 345/05 (Processo nº 1646/05) e o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 006/05 (Processo nº 1550/05). Também, foi apregoado o Ofício nº 041/05, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, solicitando o desarquivamento dos Projetos de Lei do Executivo nos 016/99, 081/02, 002, 013, 020, 025, 027, 028, 030, 032, 033, 034, 035, 038, 040, 041, 046, 048, 049, 052, 054 e 063/04 (Processos nos 2401/99, 3799/02, 0287, 2369, 3277, 3786, 3788, 3789, 3791, 3831, 3832, 3857, 3892, 3930, 4059, 4060, 4752, 5264, 5265, 5356, 5446 e 5785/04, respectivamente). Ainda, foram apregoados Requerimentos de autoria do Vereador João Carlos Nedel, deferidos pelo Senhor Presidente, solicitando o desarquivamento dos Projetos de Lei do Legislativo nos 015/03 e 234/04 (Processos nos 0847/03 e 5645/04, respectivamente). Na ocasião, foi apregoado o Memorando nº 058/05, firmado pelo Vereador Elói Guimarães, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que o Vereador Márcio Bins Ely se encontra representando externamente este Legislativo na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, às quatorze horas de hoje, no Grande Expediente em homenagem ao quadragésimo aniversário da Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 037, 038, 039 e 042/05, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; 031/05, do Senhor Lauro Ghiggi, Diretor da Câmara Municipal de Guaporé – RS; 10039264, 10039266, 10039267, 10039268, 10039269, 10039270 e 10039271/05, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Antônio Giovani Terras Oliveira, Presidente da Associação dos Feirantes das Feiras-Modelo de Porto Alegre – AFFEIMPA, que informou que esse tipo de Comércio passou a aceitar pagamento com o cartão VISA-NET, destacando o pioneirismo desse empreendimento e frisando a importância das parcerias do Banco do Brasil e da Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio nessa iniciativa. Em relação ao assunto, esclareceu como funcionam a cobrança do cliente e o pagamento aos feirantes, convidando a todos para conheceram essa novidade das Feiras-Modelo. A seguir, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Adeli Sell, Professor Garcia, Ervino Besson, José Ismael Heinen, João Carlos Nedel, Manuela d'Ávila, Bernardino Vendruscolo e Clênia Maranhão manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor Nilvo Reinaldo Fries, Superintendente Regional do Banco do Brasil. Às quatorze horas e trinta e três minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e trinta e seis minutos, constatada a existência de quórum. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 048/01, 129/02, este discutido pelo Vereador João Antonio Dib, 106, 119, 458 e 321/03, discutido pelo Vereador Raul Carrion, 061, 097, 187, 208 e 209/04, 030/05, este discutido pelo Vereador Carlos Todeschini, 032/05, discutido pelos Vereadores Raul Carrion e Carlos Todeschini, 043, 047, 059, 062 e 051/05, este discutido pelo Vereador Raul Carrion, os Projetos de Lei do Executivo nos 004/05 e 055/04, este discutido pelo Vereador João Antonio Dib, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos e 001/00, discutido pelos Vereadores Carlos Comassetto e Raul Carrion, 005 e 006/05, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/04, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Carlos Comassetto, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 004/05, discutido pelo Vereador João Antonio Dib, os Projetos de Resolução nos 016, 036 e 068/05; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 081/01, 183 e 036/04, este discutido pelo Vereador João Antonio Dib, 012, 013, 014, 048, 049, 056, 057 e 061/05, os Projetos de Resolução nos 014/04, 065, 066 e 069/05; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 180/00, 268/01 e 200/02, discutidos pelo Vereador Professor Garcia, 172/99, 217/01, 069/02, 380/03, 217/04, 008, 009 e 039/05, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 008/00, o Projeto de Resolução nº 118/04; em 5ª Sessão, o Projeto de Resolução nº 063/05. Na ocasião, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, o Senhor Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL ao Vereador Luiz Braz, que relatou sua participação, em REPRESENTAÇÃO EXTERNA deste Legislativo, em viagem ao Município de Belo Horizonte – MG, realizada nos dias quinze e dezesseis de março do corrente, para conhecer as soluções empreendidas naquela Capital em relação aos vendedores ambulantes. Na ocasião, o Vereador Adeli Sell registrou sua participação, juntamente com o Vereador Luiz Braz, na viagem de Representação Externa a Belo Horizonte e manifestou seu apoio ao discurso, em Tempo Especial, feito anteriormente pelo Vereador Luiz Braz. Após, o Vereador Luiz Braz procedeu à entrega, ao Senhor Presidente, do Código de Posturas de Belo Horizonte e outros documentos relativos à viagem feita por Sua Excelência, juntamente com o Vereador Adeli Sell, àquela cidade. Em continuidade, a Vereadora Manuela d'Ávila formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando que a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos receba estudantes que teriam sido detidos e agredidos pela Brigada Militar, ontem, durante manifestações contra o aumento do valor da passagem de ônibus em Porto Alegre. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença de alunos e das Professoras Carmen Cerutti e Iara Nique, da Escola de Educação Básica Mãe Admirável, presentes a este Legislativo para participarem do Projeto de Educação Política desenvolvido pelo Memorial desta Casa. Também, foi registrada a presença do Senhor Wilton Araújo, Diretor-Geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana – DMLU. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Raul Carrion registrou a passagem do vigésimo aniversário do término do Regime Militar no Brasil e repudiou ações da Brigada Militar nas manifestações contra o aumento das tarifas de transporte público em Porto Alegre. Também, referiu-se à Reunião da Comissão de Urbanismo, Transportes e Habitação para tratar da revitalização do Centro, mencionando proposta enviada ao Governo Municipal de criação de um fórum sobre o assunto. O Vereador Ervino Besson discorreu acerca do Programa de Orçamento Participativo, informando que esteve no seminário promovido sobre o assunto pelo Conselho Popular da Glória e abordando aspectos desse Programa dos quais Sua Excelência discorda. Em relação ao assunto, discutiu a viabilidade de realização de obras já aprovadas por meio desse sistema de consulta popular e ainda não iniciadas, propondo uma discussão mais aprofundada, nesta Casa, sobre como resolver esse assunto. O Vereador Professor Garcia assegurou que a Lei Municipal nº 8.203/98 foi desobedecida no show realizado ontem à noite pelo cantor Lenny Kravitz no Estádio Olímpico, esclarecendo que a Produtora Opinião deveria ter contratado uma banda local para a abertura do evento. Nesse sentido, declarou estar ingressando com representação no Ministério Público, solicitando que seja paga a multa prevista, e apontou os benefícios que o cumprimento dessa Lei poderá trazer aos artistas da Cidade. A Vereadora Maristela Maffei reportou-se à estiagem enfrentada pelo Estado, contestando o Governo do Rio Grande do Sul por não decretar situação de emergência em cidades afetadas pela falta de chuvas. Ainda, comentou a falta de medicamentos nas farmácias do Estado e, finalizando, referiu-se ao pronunciamento do Vereador Ervino Besson, relativamente a obras ligadas ao Programa de Orçamento Participativo, iniciadas na gestão no Partido dos Trabalhadores na Cidade. Na ocasião, o Vereador José Ismael Heinen manifestou-se sobre o incêndio de um carro da RBS TV de Passo Fundo, ocorrido ontem, durante protesto de pequenos agricultores na BR-386, no Município de Sarandi. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz analisou pronunciamentos acerca da conduta da Brigada Militar em manifestação de protesto ocorrida ontem na Cidade, contra aumento das tarifas do transporte coletivo Municipal. Sobre o tema, justificou que esse reajuste era necessário, em função dos índices inflacionários, e criticou o Partido dos Trabalhadores por ter transferido essa decisão para o atual Governo. O Vereador Bernardino Vendruscolo manifestou-se a respeito da viajem a Belo Horizonte – MG – realizada pelos Vereadores Luiz Braz e Adeli Sell, em Representação Externa deste Legislativo, e ressaltou a importância da troca de informações entre as Capitais brasileiras. Também, noticiou sua participação em reunião realizada na Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação, sobre o processo de revitalização do Centro, asseverando que o atual Governo Municipal enfrentará esse problema. A Vereadora Clênia Maranhão pronunciou-se favoravelmente ao Veto Parcial ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/04, que autoriza a alienação de imóveis do Município de Porto Alegre situados no loteamento Porto Seco. Sobre o assunto, elogiou a criação da Comissão de Análise Urbanística e Gerenciamento – CAUGE, que terá sob sua responsabilidade a análise sobre a liberação de novos empreendimentos na Cidade. O Vereador João Carlos Nedel, mencionando o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, “Solidariedade e Paz”, comentou o quadro socioeconômico apresentado pelo País, em especial no referente às áreas educacional e ambiental e aos níveis de desemprego e criminalidade. Nesse sentido, apresentou votos para que o período da Semana Santa seja utilizado como momento destinado à reflexão e ao empenho de todos em prol da construção de um mundo mais justo e fraterno. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 067/04, considerando-se rejeitado o Veto Total a ele aposto, por vinte e quatro votos SIM e quatro votos NÃO, após ser discutido pelos Vereadores Professor Garcia, João Antonio Dib, Luiz Braz, Sebastião Melo, Bernardino Vendruscolo, Nereu D’Avila e Raul Carrion, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Almerindo Filho, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão e Nereu D'Avila. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 085/01, considerando-se rejeitado o Veto Total a ele aposto, por trinta e um votos SIM, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, João Carlos Nedel, Carlos Comassetto, Clênia Maranhão, Carlos Todeschini e José Ismael Heinen, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº 085/01, a Vereadora Mônica Leal cedeu seu tempo de discussão ao Vereador João Carlos Nedel. Foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Elói Guimarães, solicitando que o Projeto de Resolução nº 067/05 seja considerado em regime de urgência e submetido à reunião conjunta de Comissões Permanentes. Em continuidade, o Vereador Sebastião Melo formulou Requerimento verbal, solicitando sejam buscadas informações junto ao Executivo Municipal, relativas à abrangência dos empreendimentos compreendidos pelo Veto aposto ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 005/04, tendo a Vereadora Mônica Leal se manifestado e Senhor Presidente prestado esclarecimentos sobre o assunto. Na ocasião, a Vereadora Sofia Cavedon formulou Requerimento verbal, solicitando a verificação de quórum. Também, os Vereadores Nereu D’Avila e Clênia Maranhão manifestaram-se acerca da ordem de apreciação das matérias constantes da Ordem do Dia, tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos sobre o assunto. Às dezessete horas e trinta e cinco minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, em verificação solicitada pelo Vereador Haroldo de Souza, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Elói Guimarães, João Carlos Nedel e Luiz Braz e secretariados pelo Vereador Nereu D’Avila. Do que eu, Nereu D’Avila, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Sr. Antônio Giovani Terras Oliveira, Presidente da Associação dos Feirantes das Feiras Modelo de Porto Alegre - Affeimpa -, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de assunto relativo ao recebimento, nas feiras-modelo, do cartão Visa-Net, com parceria do Banco do Brasil e da SMIC.

 

O SR. ANTÔNIO GIOVANI TERRAS OLIVEIRA: Boa-tarde, Presidente da Câmara, Vereadores aqui presentes, amigos também, eu sou Presidente da Affeimpa, pertenço à Rede Feira Modelo. Estamos há catorze anos em Porto Alegre levando a trinta bairros mercadorias de boa qualidade e preço controlado. Venho a esta Casa para dizer que estamos inovando em termos de feira. Estamos entrando na era tecnológica e usando o cartão em feira livre. Somos pioneiros em todo o Brasil nesse sistema. Não há, em todo o Brasil, em lugar nenhum, feira que receba o cartão Visa. Hoje estamos recebendo cartão, pois estávamos perdendo uma fatia muito grande do mercado para o comércio local.

Fizemos uma grande parceria, como já falou o Presidente, com o Banco do Brasil, Agência Farrapos - o pessoal está presente -, com o Visa, que nos deu todo o apoio técnico, e com a SMIC, através da Prefeitura, com o seu pessoal, que nos apóia nessa caminhada. O empreendimento já é sucesso em termos de grana - nós, feirantes, precisamos de grana -, e entramos nessa fatia de mercado. Infelizmente, o comércio deve ter ficado um pouco receoso, porque é uma fatia que não havíamos atingido e, agora, estamos “mordendo” eles.

Esse sistema é inovador em todo o Brasil. A nossa parceria com o Banco do Brasil e o Visa não nos permitia colocar uma máquina em cada banca, porque temos trinta pontos e somos cem feirantes. Então, o Visa trouxe esse equipamento que é importado de Israel. (Mostra o equipamento.) Ele funciona via satélite e leva em torno de cinco segundos para realizar a operação, como custa em torno de seis mil reais, fica inviável a sua colocação em cada banca. Então, através da parceria com a Associação dos Feirantes das Feiras Modelo, Banco do Brasil, Visa-Net, Prefeitura, sentamos e começamos as negociações. Chegamos a este circulante. (Mostra as notas.) Criamos uma moeda paralela, com a Gráfica Marchant, credenciada pelo Banco Central. São notas de cinco centavos, de um e cinco reais.

O cliente vai a um quiosque na feira-modelo, passa o cartão na máquina, que é via satélite, inovadora, pioneira, que o Visa nos trouxe - se não tivéssemos esta máquina, não poderíamos operar no sistema -, a máquina dá o o.k., a pessoa que está operando a máquina pergunta ao cliente quanto ele deseja gastar, e o valor é dado na moeda circulante. Ele vai às compras nas bancas e paga com a moeda circulante. No final da feira, volta ao quiosque e troca a moeda circulante por um vale que, trinta dias após, junto ao Banco do Brasil da Agência Farrapos, vai ser creditado na conta dele. Nós estamos trazendo essa novidade que, em termos de feira, não existe, eu posso garantir. Esse é o recebimento do cartão, a tecnologia chegando às feiras, e nós, como feira-modelo de Porto Alegre, estamos trazendo essa novidade para vocês.

Hoje, como nós estávamos falando, temos trinta pontos de venda em Porto Alegre, trinta bairros são atendidos, levando para essa população produtos de qualidade e com preço controlado pela SMIC. Nós servimos de balizadores para esse bairro, porque, onde há feira, naquele dia, no entorno, eu tenho a certeza absoluta que os demais comerciantes seguem os nossos preços. E, agora, com essa novidade, como dizia um colega meu da UAMPA: “Até nisso vocês estão nos perseguindo, o cartão.” Então, a novidade agora é o cartão Visa nas feiras-modelo de Porto Alegre. Os senhores que estão presentes, que gostam de ir à feira, essa é a novidade, não precisam mais levar dinheiro. Se quiserem levar dinheiro, melhor. Gastem e usem o cartão Visa através desse circulante que nós criamos.

Agradeço este espaço e convido todos os senhores para visitarem o Projeto Feira Modelo. Agradeço a parceria do Banco do Brasil, através da Agência Farrapos, e ao pessoal do Visa-Net, porque com parceria se consegue tudo, sozinho não chegamos a lugar nenhum. Nós sempre estamos juntos, somando e não dividindo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Convidamos o Sr. Antônio Giovani Terras Oliveira a fazer parte da Mesa.

Eu quero registrar a presença do Sr. Nilvo Reinoldo Fries, Superintendente Regional do Banco do Brasil. Para nós é uma honra a sua presença em nossa Casa.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente Elói, meu caro amigo Giovani, que preside a Associação das Feiras Modelo, nossos amigos do Banco do Brasil e do Visa, esse projeto que o Sr. Giovani acabou de apresentar é de uma dimensão ímpar. Quem de nós poderia imaginar, algum tempo atrás, meus caros colegas Vereadores, que poderíamos ir a uma feira-modelo comprar com um cartão de crédito? E essa iniciativa de ter esse meio circulante, esse dinheiro novo, facilitou enormemente. Então, nós já conseguimos, nas feiras-modelo, em cada lugar aonde a feira vai, nesses trinta bairros, um preço 20%, 25%, 30% mais baixo nos produtos, fazendo com que os mercados no entorno baixem, naqueles dias, também, o preço dos produtos. Produtos de qualidade, controlados pela Administração Pública Municipal, isso que é importante. Produtos de qualidade, portanto, com fiscalização da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio. Fico muito feliz de o senhor vir aqui fazer essa explanação, até porque, quando fui Secretário, eu tive o prazer de trabalhar muito com Associação e de incentivá-los a respeito dessa idéia que agora se concretiza, finalmente. Parabéns, e muito bom trabalho. Vida longa às feiras-modelo em Porto Alegre. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Professor Garcia está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado Presidente, Elói Guimarães; Sr. Antônio Giovani Terras Oliveira, Presidente da Associação dos Feirantes das Feiras Modelo de Porto Alegre, primeiramente, em nome do nosso Partido, Partido Socialista Brasileiro, eu gostaria de parabenizá-lo por essa parceria com o Poder Público, através da SMIC, e Banco do Brasil. Entendemos que cada vez mais, conforme a sua fala, quanto à questão dos avanços tecnológicos, isso é um grande passo para facilitar a vida das pessoas e ao mesmo tempo facilitar as suas vidas, porque, quanto menos moeda tiver, acho que vai facilitar ainda mais o processo na questão de segurança e para quem tem transporte.

Então, são iniciativas simples, mas que vêm para o bem de todos. Portanto, queremos parabenizá-los por essa iniciativa, acho que vai servir de modelo para outras entidades que atuam nesse mesmo ramo. Parabéns!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Sr. Antônio Giovani Terras Oliveira, da Associação dos Feirantes das Feiras Modelo de Porto Alegre, em nome da Bancada do PDT, composta por este Vereador e pelos Vereadores Mario Fraga, Neuza Canabarro, Dr. Goulart, Nereu D’Avila, Márcio Bins Ely, queremos saudá-lo e parabenizá-lo por essa brilhante idéia. Queremos cumprimentar o Banco do Brasil, que é parceiro nessa caminhada, nessa inovação, e também a SMIC. O que se viu nesses últimos dias, meu caro Antônio, foi que, mesmo com essa brutal seca que o Rio Grande enfrentou, os nossos produtores, numa luta gloriosa, ainda conseguiram abastecer o mercado interno de hortifrutigranjeiros.

Acho que V. Sª traz uma novidade a esta Casa, e ela se sente extremamente gratificada e honrada por essa iniciativa, porque, quando há política para o nosso produtor, todos ganham: a sociedade em seu todo e, principalmente, o consumidor. Portanto, mais uma vez, em nome da Bancada do PDT, o nosso abraço fraterno por essa inovação em que a Cidade e o Estado ganham. Parabéns! (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, em especial o Sr. Antônio Giovani Terras Oliveira, Presidente da Associação dos Feirantes das Feiras Modelo de Porto Alegre. Em nome do Partido da Social Democracia Brasileira, quero parabenizar esta Associação pela maneira com que está sendo conduzida. Somos muito partidários - eu, particularmente - do cooperativismo, e vejo esta Associação trabalhando de maneira compartilhada com o Poder Público e com os seus feirantes. Isso está nos trazendo preço, competitividade ao setor, produtos básicos à população - isso é uma necessidade salutar, necessária - e, principalmente, demonstrando que com união, com a colaboração de todos, de forma compartilhada, podemos alcançar desenvolvimento técnico, avanço e modernização dos setores. Parabéns! Louvo essa união, e queira Deus que outras associações façam disso um exemplo, um paradigma e que os senhores também não parem por aí; continuem com uma pesquisa de intenções, pois, com certeza, isso virá em benefício da nossa Cidade, do nosso povo. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu gostaria, em nome da nossa Bancada, do Partido Progressista, composto pelo Ver. João Antonio Dib, nosso Líder; pela Verª Mônica Leal e por este Vereador, de dar as boas-vindas ao Sr. Antônio Giovani Terras Oliveira, Presidente da Associação dos Feirantes das Feiras Modelo. As feiras-modelo são uma instituição muito antiga. Eu me recordo de que, quando vim conhecê-las em Porto Alegre, em 1953, as achei espetaculares, e elas vêm evoluindo. Esse passo que foi dado agora, uma parceria com o setor financeiro, com o nosso querido Banco do Brasil, apoiado também pela Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, realmente veio trazer evolução, veio trazer crescimento, veio dar mais uma possibilidade a seus clientes. Meus cumprimentos, continuem nessa evolução, nessa parceria com o setor financeiro. Quero cumprimentar também os amigos do Banco do Brasil por essa parceria que visa fortalecer o consumidor e também os produtores. Meus parabéns. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, Sr. Antônio Giovani Terras Oliveira, Presidente da Associação dos Feirantes das Feiras Modelo da nossa Cidade, em primeiro lugar, temos prazer em receber os representantes desta Associação de Feiras Modelo, que, como o nome já diz, é modelo em vários aspectos para a nossa Cidade, seja por facilitar aos pequenos produtores de hortifrutigranjeiros a distribuição dos seus produtos, seja para os consumidores, em relação à descentralização e à nova possibilidade de acesso a esses produtos, seja pelos preços que oferecem à nossa população. Mas é mais importante ainda quando vemos que os pequenos produtores também podem contar com as parcerias do Poder Público para incrementar e oferecer serviços mais qualificados para a população, produtores que têm facilitadas também as suas negociações, as suas vendas. Nós não podemos esquecer que esse Banco, o Banco do Brasil, esteve inclusive em vias de ser privatizado há algum tempo, e hoje o vemos com cada vez mais público, porque interage cada vez mais para o benefício da sociedade, dos cidadãos e das cidadãs da nossa Porto Alegre, a exemplo desse caso específico.

Então, os nossos parabéns por esse pioneirismo de iniciativas, por essas facilidades que oferecem e pelos benefícios que propiciam a todos os porto-alegrenses. (Palmas).

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, falo em nome da minha Bancada, a Bancada do PMDB. Ao Sr. Antônio Giovani Terras Oliveira, demais representantes dos feirantes, representantes do Banco do Brasil, nossos cumprimentos por tudo o que já foi dito. Gostaria de lembrar que nós, um dia, teremos um sistema certamente parecido sendo usado no transporte coletivo de Porto Alegre, evitando, quem sabe, com isso, os assaltos e os crimes que vêm acontecendo e que nos assustam a cada dia que passa. Nossos cumprimentos aos feirantes e ao Banco do Brasil.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, queremos saudar o Sr. Antônio Giovani Terras Oliveira, os feirantes que estão aqui presentes, os representantes do Banco do Brasil e da SMIC. Gostaríamos de dizer que é muito importante para esta Casa ver a Associação dos Feirantes das Feiras Modelo de Porto Alegre empenhada na modernização dos seus atendimentos e na facilitação do acesso dos consumidores de Porto Alegre a esse comércio. Acho que a vinda dos senhores a esta Casa acontece num momento importante da semana, quando se comemorou, ontem, o Dia Mundial de Defesa do Consumidor. Portanto, além de esse tema ser muito precioso para esta Casa, a sua vinda coincide exatamente com o momento atual, em que a sociedade se preocupa em ter acesso mais direto aos produtos de consumo diário, com qualidade, com preços mais acessíveis e utilizando uma tecnologia que lhes facilite a vida como consumidores. Então, parabéns pela iniciativa, e é um prazer recebê-los no Parlamento de Porto Alegre.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não temos mais Bancadas inscritas. Cumprimentamos o Sr. Antônio Giovani Terras Oliveira, Presidente da Affeimpa; o Sr. Nilvo Reinoldo Fries, Superintendente Regional do Banco do Brasil; bem como o representante do Visa. Queremos registrar que é uma honra para a Casa recebê-los aqui. Trata-se de um convênio extremamente importante que demarca um avanço da moeda, a moeda eletrônica, a moeda informatizada, facilitando, em última análise, a vida da nossa população, pois os grandes beneficiários serão os consumidores, pelas facilidades, Presidente Antônio, que terão ao fazer as suas compras, etc.

Portanto, receba os nossos cumprimentos. Também cumprimentamos as entidades envolvidas no Projeto: Visa-Net; Banco do Brasil, esse símbolo nacional; Secretaria Municipal de Indústria e Comércio.

Estão suspensos os trabalhos por dois minutos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h33min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Eloi Guimarães - 14h36min): Estão reabertos os trabalhos. Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR (Art. 151 do Regimento)

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1.ª SESSÃO

 

PROC. N.º 0075/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 016/05, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que concede o Prêmio Francisco José Zaffari de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente a Carlos Caetano Bledorn Verri (Dunga), na modalidade personalidade; ao Instituto da Criança com Diabetes, na modalidade entidade e à Rede Brasil Sul (RBS), na modalidade empresa.

 

PROC. N.º 1408/05 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N.º 004/05, que altera e dá nova redação ao inciso I do §6º, e ao inciso I do § 7º, todos do art. 121 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre.

 

PROC. N.º 1275/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 068/05, de autoria da Ver.ª Mônica Leal, que altera a redação do art. 1º da Resolução n.º 1.462, de 15 de maio de 2000, estabelecendo a terça-feira imediatamente anterior ao dia 18 de novembro de cada ano para a comemoração do Dia da Brigada Militar pela Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

PROC. N.º 1310/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 059/05, de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que denomina Rua Germano Arduino Toniolo um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Camaquã.

 

PROC. N.º 1347/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 062/05, de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Humberto César Busnello.

 

PROC. 0597/00 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 001/00, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que dá nova redação ao caput do art. 7º da Lei Complementar nº 320, de 02 de maio de 1994. (denominação de logradouros) (desarquivado pelo Ver. Carlos Comassetto)

 

PROC. 1163/01 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 048/01, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que institui o ensino de Noções de Primeiros Socorros nas escolas municipais e dá outras providências. Com Emendas n.ºs 01 a 04.

 

PROC. 2175/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 129/02, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que normatiza o funcionamento dos estacionamentos de “shopping centers”.

 

PROC. 2341/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 106/03, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que dispõe sobre o Programa de Prevenção e Controle do Diabetes nas crianças e adolescentes matriculados nas creches e demais estabelecimentos da rede municipal de ensino.

 

PROC. 2558/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 119/03, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que assegura aos idosos com mais de 60 anos de idade gratuidade nos eventos esportivos e dá outras providências. Com Emenda n.º 01 e Subemenda n.º 01.

 

PROC. 6350/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 458/03, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que dispõe sobre a instalação de recipientes para a coleta de baterias usadas de telefones celulares e outros. Com Emenda n.º 01.

 

PROC. N.º 2254/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 097/04, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que dispõe sobre a instalação de grades protetoras em logradouros públicos de uso estritamente residencial no Município de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. 5511/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 055/04, que oficializa a Feira de Antigüidades na Praça Daltro Filho aos sábados. (desarquivado pelo Ver. Nereu D’Avila)

 

PROC. 5914/04 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 010/04, que altera os limites do Parque Natural Morro do Osso e dá outras providências. (desarquivado pelo Ver. Carlos Comassetto)

 

PROC. 4338/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 321/03, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que institui a Semana Municipal de Prevenção e Combate à Osteoporose no Município de Porto Alegre e dá outras providências. Com Emenda n.º 01.

 

PROC. N.º 1477/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 061/04, de autoria dos Vereadores Ervino Besson e Sebastião Melo, que dispõe sobre a instalação, sinalização, contratação e utilização de controladores eletrônicos de velocidade e de semáforos nas vias públicas de Porto Alegre, e dá outras providências a respeito de lombadas eletrônicas e da fiscalização por radar móvel e fixo.

 

PROC. N.º 4202/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 187/04, de autoria do Ver. Adeli Sell, que institui a Feira do Disco Vinil na Rua Uruguai.

 

PROC. N.º 5049/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 208/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que denomina Rua Lelis Leo Garcia Espartel um logradouro público cadastrado, localizado no Loteamento Nova Ipanema Green. (desarquivado pela Ver.ª Maristela Maffei)

 

PROC. N.º 5067/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 209/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que denomina Rua Michael Motta Seelig um logradouro público cadastrado, localizado no Loteamento Nova Ipanema Green. (desarquivado pelo Ver. Mario Fraga)

 

PROC. N.º 0619/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 030/05, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que dispõe sobre a organização e a integração dos serviços públicos de segurança municipal por meio das Áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs) e dá outras providências.

 

PROC. N.º 0095/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 036/05, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que concede o Prêmio de Cidadania e Direitos Humanos Herbert de Souza à Senhora Maria Helena Johannpeter, na modalidade personalidade; ao Centro de Educação São João Calábria, na modalidade entidade e a Calçados Azaléia S.A., na modalidade empresa.

 

PROC. N.º 0626/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 032/05, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que institui a obrigatoriedade do uso da mistura óleo diesel/biodiesel - B2 para os veículos da frota municipal, transporte público e motores, móveis ou estacionários, de combustão interna e de ignição por compressão, no Município de Porto Alegre, e dá outras providências.

 

PROC. N.º 0949/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 006/05, de autoria do Ver. Adeli Sell, que torna obrigatória a utilização de contêineres no manejo, guarda e recolhimento de resíduos sólidos nos prazos em que menciona, mediante compra dos equipamentos ou terceirização dos serviços.

 

PROC. N.º 0976/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 043/05, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que dispõe sobre o Programa de Redução Gradativa do Número de Veículos de Tração Animal, a ser elaborado por grupo de trabalho composto por órgãos do Município e ONGs ligadas a trabalhadores de VTAs e dá outras providências.

 

PROC. N.º 1087/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 005/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que institui, no âmbito do Município, o Estímulo por Contribuição Social aos contribuintes do ISSQN e IPTU, pessoa física ou jurídica, que poderá deduzir do imposto a recolher até 50% do valor das doações ao Fundo Municipal de Assistência Social, limitado a 40 % do valor do imposto lançado em cada exercício. Com Emenda n.º 01.

 

PROC. N.º 1119/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 047/05, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, que altera a denominação do logradouro público cadastrado, conhecido como Praça Dr. Quintino Bocaiúva, localizado no Bairro Chácara das Pedras, para Praça Dr. Celso Pedro Luft.

 

PROC. N.º 1215/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 051/05, de autoria da Ver.ª Manuela d’Ávila, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Senhor José Carlos Ferraz Hennemann.

 

PROC. N.º 1352/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 004/05, que atribui verba de representação ao cargo que menciona e extingue cargo em comissão na Administração Centralizada do Município, e dá outras providências.

 

2.ª SESSÃO

 

PROC. 1576/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 081/01, de autoria do Ver. Adeli Sell, que institui a Feira do Livro, do Disco e do Vídeo na Esplanada da Restinga e dá outras providências.

 

PROC. N.º 0094/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 014/04, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que concede o Prêmio Mérito Sindical ao Líder Sindical João Alves Brites Jr.

 

PROC. N.º 0855/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 036/04, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que proíbe a cobrança de consumação mínima ou consumação obrigatória em bares, boates, danceterias, casas de show e similares no Município de Porto Alegre.

 

PROC. N.º 4120/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 183/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que institui O Dia da Grécia a ser comemorado, anualmente, no dia 25 de março, em homenagem à civilização helênica, e estabelece que o Legislativo promoverá atividades alusivas à data conjuntamente com o Executivo do Município, a representação diplomática da Grécia, a Sociedade Helênica de Porto Alegre e a comunidade grega local.(desarquivado pelo Ver. Mario Fraga)

 

PROC. N.º 0126/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 012/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que institui a Semana das Águas no calendário turístico e autoriza a concessão para exploração dos serviços de marina pública no Município de Porto Alegre.

 

PROC. N.º 0127/05 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 013/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que obriga o Executivo Municipal a disponibilizar a legislação municipal na Internet.

 

PROC. N.º 0128/05 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 014/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que determina que a Lei Orçamentária do Município seja de execução obrigatória, contendo todos os projetos de maneira detalhada, com suas justificativas, bem como as dotações programadas para aplicação durante o exercício.

 

PROC. N.º 1101/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 065/05, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Cantor e Compositor Gélson Oliveira.

 

PROC. N.º 1120/05 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 048/05, de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que estabelece critérios para a entrega domiciliar de medicamentos às pessoas com dificuldade de locomoção.

 

PROC. N.º 1140/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 066/05, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Músico e Compositor João 7 Cordas.

 

PROC. N.º 1157/05 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 049/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Soldado Abílio um logradouro não-cadastrado, localizado na região conhecida como Chácara dos Bombeiros.

 

PROC. N.º 1270/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 056/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Donario Neves da Silveira um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana.

 

PROC. N.º 1271/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 057/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Verdes Campos um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana.

 

PROC. N.º 1283/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 069/05, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que denomina Paulo Freire o espaço destinado ao Telecentro da Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

PROC. N.º 1346/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 061/05, de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que denomina Rua Alberto André um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Camaquã.

 

3.ª SESSÃO

 

PROC. 3115/99 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 172/99, de autoria do Ver. Adeli Sell, que dispõe sobre controle da quantidade de açúcar na merenda escolar. Com Emendas n.ºs 01 a 03.

 

PROC. 1357/00 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 008/00, de autoria do Ver. Luiz Braz, que acrescenta os parágrafos 9º e 10 ao art. 5º da Lei Complementar nº 242/91, com alterações da Lei Complementar nº 251/91, que disciplina a concessão do Direito Real de Uso aos ocupantes de área de propriedade do Poder Público Municipal. Com Emenda n.º 01 ao Projeto. Com Substitutivo n.º 01.

 

PROC. 2499/00 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 180/00, de autoria do Ver. Professor Garcia, que institui o Programa de Combate à Desnutrição da Criança Pré-Escolar e dá outras providências. Com Emenda n.º 01.

 

PROC. 3140/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 217/01, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que isenta os médicos que prestam serviços no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre do pagamento de estacionamento através dos parquímetros instalados nas imediações do HPS. Com Emendas n.ºs 01 e 02.

 

PROC. Nº 4006/01 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 268/01, de autoria do Ver. Professor Garcia, que institui brinquedotecas nas escolas municipais e dá outras providências. Com Emenda n.º 01.

 

PROC. 1319/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 069/02, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que autoriza o funcionamento de creches no horário noturno e dá outras providências.

 

PROC. 3185/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 200/02, de autoria do Ver. Professor Garcia, que destina o corredor de ônibus da III Perimetral para a prática de lazer e recreação da população aos domingos e feriados. Com Emendas n.ºs 01 e 02.

 

PROC. N.º 5201/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 380/03, de autoria do Ver. Professor Garcia, que denomina Rua Felicio Salvador Celia um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Cascata. Com Substitutivo n.º 01.

 

PROC. N.º 5257/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 217/04, de autoria do Ver. Professor Garcia, que denomina Rua Jorge Alberto Campezatto um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Rubem Berta.

 

PROC. N.º 5516/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 118/04, de autoria dos Vereadores Professor Garcia, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib e João Carlos Nedel, que denomina Domingos Spolidoro a Sala da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul (CEFOR) da Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

PROC. N.º 0122/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 008/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que determina que o Município disponibilize diariamente, na Internet, todos os roteiros de varrição e capina dos logradouros da cidade.

 

PROC. N.º 0123/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 009/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que veda ao Executivo Municipal realizar antecipação de receita nos últimos seis meses da administração.

 

PROC. N.º 0878/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 039/05, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que cria o Parque Temático Tradicionalista, que será denominado Cidade Gaúcha, equipamento público de caráter turístico, cultural e de lazer, com o fim de divulgar a cultura e as tradições do povo gaúcho e dá outras providências. Com Emenda n.º 01.

 

5ª SESSÃO

 

PROC. N.º 1076/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 063/05, de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que acrescenta art. 228-A e altera a redação do § 3º do art. 228 da Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores, acrescentando ao Colégio de Líderes um Líder e um Vice-Líder do Governo, indicados pelo Executivo Municipal.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, como sempre, é riquíssima a Pauta, no dia de hoje há 28 Projetos para serem analisados. Se o nosso problema fosse fazer mais leis, nós não teríamos problemas, a solução estava aí.

Há um Projeto do Executivo que propõe uma alteração à Lei Orgânica, para que o Plano Plurianual possa ser encaminhado a esta Casa até o dia 30 de junho - e não até 30 de abril, como hoje ocorre na Lei Orgânica - e encaminhado à sanção do Prefeito até 30 de agosto. Eu penso que essa seja uma medida absolutamente correta. E apenas estou repetindo aqui, agora, o que eu disse no ano passado, quando havia, também, uma Emenda à Lei Orgânica do Executivo nesse sentido, que eu considerava correta. Mas não considerava correto o que queria anteriormente o Executivo: que a Lei de Diretrizes Orçamentárias pudesse ser apresentada até o dia 30 de junho. Isso inviabiliza a análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias e a própria Proposta Orçamentária. Então, na verdade, eu acho que nós devemos aprovar, mas há outras Emendas à Lei Orgânica, creio que deveríamos analisar o conjunto todo para não fazermos várias comissões especiais para, depois, vir votar - e nós precisamos de 24 votos.

O Ver. Nereu D’Avila tem um Projeto que normatiza o funcionamento dos estacionamentos de shopping centers. Eu acho que nós não podemos legislar sobre propriedade privada - assim como a Verª Maria Celeste deseja impedir a consumação mínima -, pois quem vai lá, vai porque quer. Agora, no Projeto de Lei do Ver. Nereu D’Avila, aquele que fizesse compra no shopping no valor de trinta reais estaria isento de pagamento do estacionamento até quatro horas. É só olhar o estacionamento na Câmara Municipal, como é que funciona aqui. Como é que há veículos que passam, às vezes, o dia inteiro aqui dentro? Há dois anos, nós já mandamos cuidar para que isso não ocorresse, porque nada mais tranqüilo do que estacionar aqui na Câmara Municipal ou lá no shopping, abrigado da intempérie e ainda protegido, porque tem segurança. Então, na realidade, eu acho que não vale. E colocou bem a Procuradoria da Casa dizendo que é inviável, mas o Ver. Nereu D’Avila, advogado e inteligente, colocou a sua contrapartida dizendo que ele acha que é viável, mas eu acho que não é.

O Ver. Nereu também desarquivou Projeto de Lei do Executivo, da Administração passada, que oficializa a Feira de Antiguidades na Praça Daltro Filho, que acontece aos sábados. Quando se aproximou o término do mandato do Sr. Prefeito João Verle, ele também ficou com fúria legiferante e mandou Projetos de Lei no apagar das luzes. Esse, da Praça Daltro Filho, ele poderia ter feito sem lei nenhuma; poderia ter feito por simples Decreto, por Ordem de Serviço do Secretário da SMIC; poderia ter feito a Feira como foi feito o Brique do Parque da Redenção. Mas ele, no dia 24 de novembro, resolveu oficializar a Feira da Praça Daltro Filho.

E também, no dia 23 de dezembro, ele mandou um Projeto de Lei Complementar que altera os limites do Parque Natural do Morro do Osso. Acho que, uma semana antes de sair, ele não deveria ter feito isso, mas fez, e nós vamos examinar e colocar as nossas dúvidas. Neste momento, Sr. Presidente, nós não temos uma Comissão do Plano Diretor para avaliar um Projeto da importância extraordinária como é essa alteração que o ex-Prefeito propôs no Morro do Osso; nós não temos condições de avaliação. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Apenas para informar à Casa e, de resto, ao Ver. João Antonio Dib que, a despeito de sua colocação, nós muito brevemente estaremos com a Comissão do Plano Diretor dando início aos trabalhos que envolvem questões dessa natureza.

O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Tempo Especial para prestar contas da viagem que fez à cidade de Belo Horizonte, juntamente com o Ver. Adeli Sell, o Sr. Secretário Municipal de Indústria e Comércio e outras autoridades que se envolvem no assunto dos camelôs no Centro da Cidade.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, eu e o Ver. Adeli Sell estivemos ontem em Belo Horizonte acompanhando uma delegação, estavam presentes o Secretário da Indústria e Comércio, Sr. Idenir Cecchin; uma representante do Ministério Público; o representante do Sindicato dos Comerciários e também o Presidente do Sindicato dos Lojistas, além de técnicos que acompanharam a delegação.

Chegando lá, fomos recebidos pelo Secretário que cuida da área, representante do Sr. Fernando Damata Pimentel, atual Prefeito Municipal de Belo Horizonte. Tivemos a oportunidade de ter uma visão bem correta dos fatos que estão acontecendo hoje em Belo Horizonte, os quais podem servir de parâmetro para que possamos também fazer algumas alterações no comércio de rua em Porto Alegre.

Diga-se de passagem que o Prefeito de Belo Horizonte é do Partido dos Trabalhadores, mas consegue estabelecer uma boa relação com todos os outros Partidos, a tal ponto que recebe a colaboração de todos os demais Partidos que têm assento na Câmara de Vereadores. Isso para dar sustentação às modificações necessárias, para que ele possa retirar ambulantes das ruas e conduzi-los aos shoppings populares. E foi isso que nós vimos lá, Vereador-Presidente.

Nós fomos visitar três shoppings populares que já estão instalados. Havia cerca de dois mil camelôs na rua, eles já conseguiram retirar 1.300 camelôs da rua e colocar em shoppings populares, e faltam ainda cerca de 700 camelôs que ainda estão nas ruas da Cidade. Mas, de acordo com o Prefeito, numa audiência que nós tivemos com ele, ele vai retirar esses camelôs da rua até o meio do ano, até o mês de julho.

Vejam só, nos dois primeiros shoppings que nós visitamos, havia muita satisfação por parte dos ambulantes, que, no início, até não queriam fazer essa modificação, essa alteração nas suas atividades; eles não queriam ir para os shoppings populares. Mas foram e acabaram vendo que nos shoppings populares, quando a coisa é bem organizada, eles podem vender bem. Eles fazem, nos shoppings populares, um contrato por dez anos; não é um contrato para ficar o resto da vida, é um contrato por dez anos. Nos dois primeiros, então, Sr. Presidente, observamos que realmente o empreendimento dava certo. Há um terceiro shopping, é o mais recente, que ainda não é uma experiência bem-acabada. Lá existe uma oposição extremamente organizada e grande com relação às intenções da Prefeitura Municipal de retirar os camelôs do Centro da Cidade, ou de toda a Cidade. Ali realmente constatamos bastante agressividade, não é, Ver. Adeli? Ali vimos que os camelôs, os ex-camelôs, não estavam vendendo e por isso estavam bastante agressivos com relação à autoridade municipal, que tenta fazer as modificações. Mas, no cômputo geral, viu-se que a coisa pode realmente dar certo.

Junto com essa experiência, notamos que o Governo do Município de Belo Horizonte também toma algumas providências que eu gostaria que a gente pudesse tomar aqui, Ver. Adeli. Nós não encontramos em Belo Horizonte, Ver. João Dib, um indigente jogado nas ruas, nem meninos pedindo esmolas nas ruas. Isso não existe nas ruas de Belo Horizonte; eles são recolhidos para abrigos. Eu só não sei, e não deu tempo porque a viagem foi curta e houve muita correria, se existe algum programa específico para receber esses indigentes, essas crianças, idosos, pessoas doentes, que são levadas para os abrigos.

Uma das coisas agradáveis na visita a Belo Horizonte foi ver que a Prefeitura se preocupa realmente com o aspecto que a Cidade pode ter para receber os seus visitantes. E a gente nota que essa atitude da Prefeitura de retirar os camelôs do Centro já deu uma fluidez muito grande para o tráfego de pedestres e de automóveis nas regiões mais centrais da Cidade.

Eu acredito que essa nossa ida - minha e do Ver. Adeli - à cidade de Belo Horizonte é uma daquelas viagens que os Vereadores fazem e que, eu diria, Ver. Adeli, são viagens bem pagas e que deveriam ser feitas com muita freqüência pelos Vereadores de Porto Alegre, porque, afinal de contas, dão possibilidade para que a gente tenha uma visão muito global daquilo que está sendo feito em outros Municípios e que a gente gostaria também que pudesse ser feito aqui.

Só para encerrar, Sr. Presidente, para dar oportunidade ao Ver. Adeli de complementar, quero dizer que o nosso Código de Posturas, de 1975, precisa ser imediatamente reformado. Creio que essa poderia ser uma das suas missões, Vereador-Presidente - V. Exª faz uma ótima gestão à frente desta Câmara Municipal. Assim, nós, Câmara de Vereadores, podemos fazer as alterações para a modernização do Código de Posturas do nosso Município.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu caro Presidente, só quero dizer que eu estou assinando conjuntamente com o Ver. Braz o mesmo Relatório, tenho a mesma opinião expressa pelo Ver. Braz e sou solidário com qualquer ação que o Governo Municipal venha fazer no sentido do que nós, ontem, verificamos em Belo Horizonte. E, quanto ao Código de Posturas, eu queria enfatizar que acho que precisamos trabalhar na mesma perspectiva de Belo Horizonte. Obrigado.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Então, para encerrar, Sr. Presidente, um pedido que faço a esta Casa, já que acredito que ela deva ter unanimidade com relação às boas iniciativas que podem ser tomadas dentro do Município, é que todos possamos estar juntos nessa possibilidade de também aqui em Porto Alegre termos uma melhor relação entre os comerciantes, que tentam, de alguma forma, sobreviver no Centro da Cidade. Tanto os camelôs, que podem ser levados para shoppings populares, como também um arejamento daquele comércio do Centro que precisa, de alguma forma, sobreviver. E isso só é possível se pudermos liberar os espaços do Centro que hoje estão totalmente tomados e que impedem que haja a possibilidade de um progresso geral de todas as partes: camelôs, lojistas estabelecidos e a população em geral.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Presidência e a Mesa da Casa querem agradecer a participação efetiva do Ver. Luiz Braz e do Ver. Adeli Sell, que, juntamente com as demais entidades, em especial com o Secretário da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, estiveram vendo, buscando, discutindo essa experiência na cidade de Belo Horizonte.

Ver. Luiz Braz, nós vamos fazer um convite ao Sr. Secretário da SMIC, bem como às demais entidades que estiveram em Belo Horizonte, para uma troca de idéias, em especial, para que nos unamos em torno dessa colocação feita por V.Exª, que é de provocar as alterações no Código de Posturas no Município de Porto Alegre.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Eu vou entregar a V. Exª, Sr. Presidente, para que possa tomar as providências que assim desejar, a cópia do Código de Posturas de Belo Horizonte, que foi reformado no ano passado e que, realmente, eu acredito que está muito moderno com relação às relações que devem ser estabelecidas entre o cidadão e a Administração Publica. E, também, vou fornecer a V.Exª outros documentos que foram passados para nós quando estivemos lá, que estabelecem essa possibilidade de feitura dos shoppings populares.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Obrigado, Vereador. Portanto, as nossas homenagens.

 

A SRA. MANUELA D’ÁVILA (Requerimento): Sr. Presidente, nós estamos aqui, nos corredores da Câmara, com os estudantes que ontem foram agredidos e detidos pela Brigada Militar. Eu requeri que a Comissão de Direitos Humanos - a Verª Clênia, a Verª Margarete e o Ver. Maurício, que se fazem aqui presentes e já concordaram -, em nome da Câmara de Vereadores, receba e escute esses estudantes, enfim, que tome conhecimento desse triste fato que a nossa Cidade presenciou ontem. Inclusive, nós requeremos hoje uma Moção de Solidariedade a esses estudantes nesta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nada a objetar, a Comissão vai-se reunir com os estudantes.

O Ver. Luiz Braz entrega aqui o Código de Posturas do Município de Belo Horizonte, bem como o Edital, demais materiais recolhidos e mais um livro sobre a Administração de Belo Horizonte.

O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; prezados colegas Vereadores, prezadas colegas Vereadoras, prezado público que nos assiste nas galerias e pelo Canal 16, trago para discussão Projetos de Lei que tramitam nesta Casa, sendo dois deles de nossa autoria neste momento, pois assumimos a sua continuidade.

Um deles, originalmente, Ver. João Dib, foi apresentado pelo Executivo Municipal, pelo Prefeito anterior: é o Projeto de Lei que trata da ampliação do Parque Natural Morro do Osso; nós estamos aqui para continuar o debate, para fazer a sua análise. Não vejo nenhuma contradição no fato de o Prefeito anterior ter encaminhado o Projeto a esta Casa para análise dentro do seu prazo regimental, constitucional. Falo isso porque não concordamos com a sua observação, Ver. Dib; estamos regimentalmente e democraticamente dentro dos espaços a constituir a análise dos Projetos.

O que significa esse Projeto que vem não só trazer a sustentação do Parque Natural do Morro do Osso, que foi constituído pela Lei complementar nº 334, ainda de 1994, como acrescentar uma área de mais 1,81ha ao Parque existente? Isso decorrente de uma análise, de um estudo urbanístico que tramita no Executivo Municipal. O então Prefeito Municipal - e nós estamos mantendo a discussão - incorpora a parte de doação ao Parque Natural Morro do Osso. Com isso nós ampliamos a área territorial que está no Plano Diretor, instituída no anexo 8.2, como área do ambiente natural. O Presidente Elói Guimarães disse que a Comissão do Plano Diretor vai-se instituir em breve. Nela, temas como esse deverão ser analisados e com a profundidade não só do Projeto específico, mas na sua amplitude.

Nós estamos aqui pedindo, sim, aos colegas Vereadores que, conjuntamente, venhamos a analisá-lo e debatê-lo. Entendemos que esse Projeto de Lei é benéfico para a Cidade, pois amplia o Parque Morro do Osso, onde há vários conflitos para resolver, entre eles, com a comunidade indígena Caingangue, que está assentada às portas do Parque, Ver. Bernardino, Verª Neuza Canabarro.

Além disso, trago aqui um outro Projeto para discussão, um Projeto de autoria do então Ver. Juarez Pinheiro, que diz respeito a procedimento nosso, aqui dos Vereadores desta Casa. O Projeto nº 005/97, Sr. Presidente, trata justamente da denominação de logradouros públicos na cidade de Porto Alegre. O que acontece e está acontecendo? Nós temos aqui estabelecida uma polêmica que foi trazida pela Verª Mônica Leal, quando pede para mudar o nome de uma rua, de um lutador, sem o consentimento daquela população. O Projeto que aqui é trazido e que foi desarquivado, de autoria do então Ver. Juarez Pinheiro, exige que qualquer Projeto para denominação de logradouro público e de ruas já legalmente instituídos ou irregulares tenha a assinatura, a aprovação dos moradores. Isso para evitar uma enxurrada de nomes de ruas sem o consentimento das pessoas que vivem nessas comunidades, Sr. Presidente. Isso é trabalhar participativamente. Faz parte de um processo da democracia e do planejamento participativo quando a comunidade pode optar, junto com os legisladores, para que o nome da rua seja não só de agrado, mas que qualifique a relação popular e comunitária.

 

A Sra. Mônica Leal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, não só concordo, como registro que foi exatamente o que eu fiz: colhi a assinatura dos moradores que estavam de acordo com o que eu estava fazendo. Obrigada.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Creio que existe uma contradição, porque recebemos daquela comunidade, lá da Quinta do Portal, justamente um movimento num outro sentido, dizendo que não concordam e que não estavam autorizando essa mudança, mas isso faz parte do nosso debate aqui, justamente para expor as contradições.

Agradeço, Sr. Presidente, e estamos assumindo a autoria desses dois Projetos, para qualificar e trazer o debate aqui para esta Casa.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Eu gostaria de registrar a visita orientada de alunos da Escola de 1º e 2º Grau Mãe Admirável, que estão nas galerias e que nos honram com a sua presença. São 40 alunos da 3ª série que estão sendo conduzidos pelas Professoras Carmen Cerutti e Iara Nique. Esta é mais uma atividade do Projeto de Educação Política do Memorial desta Casa. Sejam muito bem-vindos e recebam o nosso aplauso. (Palmas.)

Também nos honra com sua presença o Diretor do DMLU, nosso sempre Ver. Wilton Araújo.

O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado Ver. João Carlos Nedel, Presidente dos trabalhos; nossa saudações também aos alunos e às professoras da Escola Mãe Admirável. Ver. Nedel, a Escola Mãe Admirável é aqui da Cidade Baixa. Durante 22 anos, trabalhei no Colégio das Dores, e, quando não havia ainda o Ensino Médio no Mãe Admirável, grande parte dos alunos concluía o 1º Grau, na época, e iam para o Colégio das Dores. Então, é uma Escola de brilhante tradição em Porto Alegre; queremos parabenizar os alunos e os professores.

Estão tramitando em Pauta três Projetos de nossa autoria que eu gostaria de discutir com os Srs. Vereadores e as Sras Vereadoras. O primeiro cria o Programa de Combate à Desnutrição das Crianças Pré-Escolar e dá outras providências. O que nós queremos com esse Projeto referente à desnutrição infantil? Queremos mostrar que o Poder Público tem a clara intenção de ajudar aquelas senhoras, aquelas moças, jovens que estiverem grávidas, caso seja constatado que elas estejam desnutridas. O Poder Público tem de alimentar essa gestante durante toda a gestação e, após nascer a criança, fazer o acompanhamento até os seis anos de idade para ver se a criança deixou o estado desnutricional.

A Organização Mundial de Saúde possui dados que dizem que uma criança que nasce desnutrida vai ter sérios problemas neurológicos, sérios problemas motores, será uma criança que vai ter difícil capacidade de aprendizado, ou seja, é uma criança que vai dar problema para a família e para a sociedade. Além disso, a expectativa de vida duma criança que nasce desnutrida é, em média, de 32 anos. Então, nós queremos pedir uma atenção e um olhar especial para esse Projeto.

Também está tramitando um outro Projeto nosso que institui as brinquedotecas nas escolas municipais. O que são as brinquedotecas? São espaços dentro de cada escola que as crianças podem ocupar, sob a orientação de profissionais, para o seu lazer, para a sua recreação, é, principalmente, voltado para a questão lúdica. Nós sabemos que as atividades lúdicas, nessa fase, nessa faixa etária da criança, tem uma simbologia muito grande, porque é o momento em que a criança deixa a sua casa e começa a viver em grupo; então, ela tem de aprender a sociabilidade, aprender a compartilhar, aprender que aquilo não é só dela, e sim de todos, aprender a guardar as coisas. Então, essa brinquedoteca vai facilitar e instrumentalizar as crianças a respeito do saber viver em sociedade.

Por último, há um Projeto que nós queremos discutir - e estamos discutindo com toda a cidade de Porto Alegre - que prevê, aos domingos e feriados, a utilização do corredor de ônibus da 3ª Perimetral como área de lazer e recreação. São 23 bairros da Cidade nesse corredor de 12km. Estamos discutindo, e, por exemplo, recentemente apareceu um caso, numa das comunidades, em que uma pessoa disse: “Olha, Vereador, nós não queremos só lazer; por que não instituir também feiras de artesanato?”. E nós incluímos então, no Projeto, também feiras de artesanato, através de dois prismas: a questão de geração de emprego e renda e também uma visão ocupacional. Esse Projeto está tramitando já há um ano e meio na Casa, é um Projeto bastante polêmico, mas temos a certeza de que vai permitir que a população de Porto Alegre próxima a 3ª Perimetral possa, aos domingos e feriados, utilizar esse espaço para lazer e recreação, como já existe na 1ª Perimetral, na Cascatinha. Lá, a população realmente, aos domingos e feriados, usufrui daquele espaço, como há também espaço próximo ao Beira-Rio, aos domingos, para lazer e recreação da população. Muito obrigado, Ver. João Carlos Nedel.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado, Ver. Professor Garcia.

O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. João Nedel, demais Vereadores, Vereadoras, todos que nos assistem, faço uma saudação também à comunidade da ocupação Maxx, que está hoje aqui numa reunião informal com a CUTHAB, estamos tentando enfrentar o despejo iminente.

Eu queria, no dia de hoje, comentar diversos Projetos, Ver. Todeschini, que considero importantes. Às vezes, alguns Vereadores acham que há leis demais, que não precisava disso; é que a realidade muda. E, ao mudar a realidade, as leis têm de se adequar à nova situação. Então, inclusive, começo por um Projeto de sua autoria, Ver. Carlos Todeschini, que é o Projeto que trata da introdução do biodiesel no transporte da cidade de Porto Alegre. Ele torna obrigatória a mistura do óleo biodiesel B2 para a frota municipal, sejam veículos próprios ou locados, veículos de transporte público. Inicialmente na proporção de 2% do biodiesel para 98% do diesel comum, que é a proporção hoje indicada pela NP e, progressivamente, deverá crescer. E é um combustível renovável, um combustível biodegradável, menos poluente. Não sei em termos econômicos, mas imagino que também é equivalente, que permite a produção por pequenos produtores. Temos aqui no Rio Grande do Sul no óleo de mamona, no óleo de soja e assim por diante. Creio que é um Projeto importante, pode-se dizer que 2% hoje é pouco, mas se começa do pouco para se chegar no muito.

Também existe em nível nacional Projeto para substituir o diesel pelo gás veicular natural. De repente, essas questões vão-se encontrar. Também é menos poluente, existe uma quantidade bastante grande no Brasil, e isso evita a importação do diesel, porque o Brasil precisa importar o diesel. Então, por todos os lados, é um Projeto importante, interessante, vamos estudar.

O segundo Projeto foi desarquivado pelo Ver. Carlos Comassetto, é um Projeto já conhecido nosso, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que obriga os logradouros regulares cadastrados a também terem um abaixo-assinado da população para a sua denominação, porque não vejo razão de o não-cadastrado ter a concordância da comunidade e o já cadastrado não precisar. Eu acho até, Ver. Sebastião, que é uma precaução do Vereador que dá o nome ao logradouro. Eu não queria estar na situação incômoda de ter indicado um nome para o logradouro e vir a comunidade aqui pedir aos Vereadores que não aprovem, seria uma situação constrangedora. Então, parece-me um Projeto bom para os próprios Vereadores, além de ser bom para a comunidade, porque a comunidade, afinal, vai viver, nascer, morrer naquela rua e quer ter o direito de opinar.

Outro Projeto ao qual eu queria fazer menção é o do Ver. Sebastião Melo que cria a Semana Municipal de Prevenção e Combate à Osteoporose. Às vezes, nós achamos essas coisas secundárias, mas o Vereador expõe aqui uma série de dados. E nós sabemos que a osteoporose atinge a população de mais idade, principalmente as mulheres, atinge os homens de mais idade, causa até a morte como seqüela dos acidentes decorrentes da osteoporose. E, muitas vezes, Ver. Sebastião, a mera prevenção, a divulgação, o conhecimento do problema - pois amplas camadas da população não têm esse conhecimento científico - poderia evitar ou criar condições melhores para essas pessoas.

Por fim, eu queria também fazer menção ao Projeto da Verª Manuela, Líder do PCdoB, que propõe o Título de Cidadão de Porto Alegre ao Professor José Carlos Ferraz Hennemann, atual Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ex-Diretor da Faculdade de Engenharia - aliás, temos aqui o Engenheiro João Dib, o Engenheiro Comassetto, eu estudei quatro anos na Engenharia Química, uma das primeiras escolas da nossa Universidade - e uma pessoa que tem feito um excepcional trabalho científico. Foi professor de pré-vestibular do próprio CUE da UFRGS. Aliás, outra coincidência, eu fui professor de Desenho, exatamente nesse cursinho, Ver. Brasinha, que era um cursinho gratuito, foi logo após o Golpe Militar de 1964. O CUE criou esse cursinho, e nós dávamos aulas lá, não sei se não fui contemporâneo do Hennemann.

Então, é um Projeto da nossa Líder, e achamos que é uma pessoa merecedora da homenagem desta Casa. Muito obrigado pela cortesia do nosso Presidente dos trabalhos, pois eu passei alguns segundos sem me dar conta. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado, Sr. Presidente dos trabalhos, Vereador colega João Carlos Nedel, senhoras e senhores, assistentes do Canal 16. Venho aqui trazer ao público três Projetos de nossa autoria. Um deles é um Projeto de Resolução que tem por finalidade a realização de Sessão Solene em comemoração ao aniversário de extensão rural do Rio Grande do Sul, a ser comemorado, a partir deste ano, anualmente, em função de que a extensão rural, aqui no Estado, passa a comemorar 50 anos de existência - um grande marco à antiga Ascar, agora Emater. E me orgulho muito de pertencer aos quadros da Emater, como técnico extensionista. Entre tantos benefícios prestados à comunidade gaúcha e brasileira, a Emater tem ajudado por demais, contribuindo para o sucesso e o desempenho da agricultura, a qualidade de vida dos produtores, dos trabalhadores rurais, especialmente, a agricultura familiar, mas, de um modo geral, todos os trabalhadores do campo.

Algumas finalidades da extensão rural são: melhorar as condições econômicas e sociais da população rural; aplicar os conhecimentos da ciência e da pesquisa aos problemas do agricultor e sua família; estender ao povo rural conhecimentos e habilidades para a melhoria do seu nível de vida; estimular os processos de mudança da população rural nos campos técnico, econômico e social; criar uma reação em cadeia que resulte em melhores condições de vida e de trabalho para a população rural; incorporar as massas rurais, através da educação, aos programas de desenvolvimento de um país; acelerar o desenvolvimento econômico e social em áreas rurais. Isso é tudo o que desejamos de melhor. E a Emater tem feito por merecer a extensão rural do Rio Grande do Sul, de fato, e do Brasil também naqueles Estados em que ela não foi desmontada, porque houve Governos Federais, no passado, que a desmontaram, porque não a consideravam importante, mas vamos resgatar aquilo que, no Rio Grande do Sul, ainda se mantém com força e vigor, que é um trabalho modelar de assistência, de apoio, de desenvolvimento econômico e social, fundamentalmente.

Outro Projeto que trazemos é a criação das Áreas Integradas de Segurança Pública. Já fiz duas abordagens com relação a isso, mas retornarei à discussão nos próximos dias.

Há o Projeto que foi mencionado pelo Ver. Raul Carrion, a quem agradeço as palavras, sobre a questão do uso do biodiesel como combustível renovável. Vejam, V. Exas., que, na Exposição de Motivos, já mostro uma pesquisa em que o motor diesel pode ser alimentado com óleos vegetais, o que poderá ajudar, consideravelmente, o desenvolvimento da agricultura nos países onde ele funcionar. Isso parece um sonho de futuro, mas posso predizer, com inteira convicção, que esse modo de emprego do motor diesel poderá, num dado tempo, adquirir uma grande importância. Isso foi dito pelo Dr. Rudolf Diesel, em 1911.

Ocorre que, com o avanço da indústria petrolífera, o biodiesel foi substituído pelo motor movido a diesel, proveniente do petróleo, porque em uma ocasião se tornou mais barato e esses projetos foram um pouco esquecidos. Agora, 95 anos depois, são retomados com intensidade. Esse Projeto é muito importante, e o Brasil, a exemplo da retomada do pró-álcool, assume agora e já o fez em outros momentos: nos anos 70, havia 1.800 técnicos pesquisando a aplicação do biodiesel e desenvolvendo projetos que depois foram engavetados por determinação e por ordem política. E só agora, nos anos 90 e neste século, é que ele volta assumir importância e principalidade. Ainda mais agora que passa a vigorar o Tratado de Kyoto.

Esse é um Projeto, junto com o Pró-álcool brasileiro - projeto modelar também -, de movimentação da frota, de geração energética, de disposição de energia líquida, que traz liderança, vantagens, qualidades e retornos incomparáveis à sociedade e à economia brasileira. É previsto que, apenas com a produção do B2, ou seja, a adição de 2% de biodiesel, nós poderemos gerar um milhão de postos de trabalho. Veja só, Presidente, numa relação linear, quando nós atingirmos 20%, que não é difícil e nem impossível, poderemos gerar dez milhões de postos de trabalho. Isso é uma determinação dos atuais governantes, sobrepõe-se a Partidos, sobrepõe-se a Governos, diz respeito ao futuro estratégico de uma nação.

Nós, que temos o Pró-álcool, que temos agora os motores modernizados com injeção eletrônica, que veio debelar os antigos problemas, tivemos, por muito tempo, a pesquisa paralisada. No entanto, hoje, o álcool substitui a gasolina com perfeição. Assim como o biodiesel substituirá o óleo diesel proveniente do petróleo com grandes vantagens econômicas, sociais e ambientais. Ainda mais agora com os retornos e com as vantagens que o Tratado de Kyoto oferece. Portanto, o nosso Projeto tem o objetivo de levantar o debate, de colocar Porto Alegre na liderança, também, dessa questão, ou seja, a questão energética e a questão ambiental, para que nós possamos contribuir para o Brasil e para o mundo, sempre com a nossa posição de vanguarda, com a nossa modesta contribuição. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Encerrada a Pauta.

O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Luiz Braz, que preside os trabalhos nesta tarde; demais Vereadores e Vereadoras, nossa saudação ao Secretário Wilton Araújo, que se encontra visitando a nossa Casa, e a todos que nos assistem.

Em primeiro lugar, queríamos registrar aqui, em nome da Liderança do PCdoB, a passagem dos 20 anos do final do regime militar. Quando assumiu a Presidência da República, depois de uma grande mobilização nacional, em que milhões de brasileiros e brasileiras saíram às ruas, depois de anos de resistência da nossa juventude, dos sindicalistas, das mulheres, dos homens, o Brasil recobrou a democracia. Não foi nada de graça, Ver. Luiz Braz, que naquele momento participava do PMDB, se não me equivoco. Isso deve ser registrado. Ontem, no Congresso Nacional, houve diversos pronunciamentos, uma data como essa não pode ser esquecida, e o PCdoB quer relembrá-la.

Até aproveitando esse ensejo, nós queríamos, também, repudiar os atos de violência que, no dia de ontem, assombraram Porto Alegre - foram notícia da imprensa nacional, do jornal Folha de São Paulo, notícias e fotos no jornal Zero Hora -, onde jovens que se manifestaram, com seu ardor juvenil, foram violentamente reprimidos. Em meu nome e da Verª Manuela, quero dizer que repudiamos esses acontecimentos. A nossa Líder ingressou com uma Moção nesta Casa, que certamente será apreciada, repudiando esses atos de violência.

Mas eu queria tratar, Ver. Maurício, da importante reunião que a Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação realizou no dia de ontem, com a presença de seus seis Vereadores titulares - Brasinha, Elias Vidal, Mário Fraga, Carlos Comassetto, José Ismael Heinen e este Vereador. Contamos com a presença de outros Vereadores que não são da Comissão: Vereadores Ervino Besson e Bernardino Vendruscolo. Estiveram presentes quatro Secretários Municipais: do Planejamento; de Segurança e Direitos Humanos; Secretário em exercício da SMIC e da SMAM. Havia as representações da FASC, do Projeto Monumenta, da Brigada Militar, da Polícia Civil, do Centro Administrativo Regional do Centro, do DMLU, da Caixa Econômica Federal, do Conselho Tutelar, além de lideranças como as das associações de moradores do Centro, da Av. Salgado Filho, da Asferap, do Sindec, do Sindilojas; moradores de rua, em suma, de populares em geral.

Nós discutimos o importante tema da revitalização do Centro, Verª Margarete Moraes, um tema recorrente nesta Casa, não é um tema novo, inclusive já houve uma Comissão Especial, solicitada pelo Ver. Nereu D’Avila, com a Vice-Presidência da Verª Clênia Maranhão e a relatoria do Ver. Adeli Sell, em 1997. Infelizmente, ela concluiu sem relatório, mas, de toda a forma, os debates ali podem ser resgatados.

Na reunião de ontem, o debate iniciou-se às 14h30min e seguiu até às 18h30min, Ver. Haroldo. Lá tivemos depoimentos, informações, questionamentos da coletividade extremamente importantes. Deram-nos uma visão holística, e agora a CUTHAB vai-se debruçar sobre os temas particulares, inclusive convidando Comissões co-irmãs quando os temas forem correlatos, porque entendemos que é uma discussão de toda a Casa. Aliás, Ver. Todeschini, na Legislatura passada, a CUTHAB realizou cerca de vinte reuniões sobre a questão da revitalização do Centro. Também é importante registrar - e o Ver. Comassetto, na ocasião, registrou corretamente - todos os avanços que nos últimos dezesseis anos a Cidade teve. Portanto, temos muito de bom a preservar, Ver. Braz, e certamente encontraremos muito ainda para construir, porque o Centro de Porto Alegre não é só o Centro da Cidade, é o Centro do Rio Grande do Sul.

Concluo, dizendo que nós propusemos ao Governo - parece que está havendo um comitê gestor - a criação de um fórum com a participação da Câmara, dos órgãos do Município e da sociedade organizada, chegou a haver um órgão desse tipo no Governo anterior, porque esse tema merece uma grande discussão. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, no último fim de semana eu participei de um seminário promovido pelo Conselho Popular da Glória, na Medianeira. No decorrer do seminário, ouvi alguns depoimentos sobre o Orçamento Participativo que me chamaram a atenção. Eu quero deixar claro aqui que não sou contra o Orçamento Participativo. Mas o que se viu, no último sábado, foram delegados do Orçamento Participativo, que ao longo dos anos participaram de reuniões, se posicionando contra a forma de escolha das obras do Orçamento Participativo. Quanto a isso, também manifesto a minha dúvida e a minha contrariedade. Não tenho participado muito das reuniões do Orçamento Participativo, porque entendia que, após a discussão lá realizada, um grupo de pessoas resolvia, de uma forma não-democrática, acerca das obras prioritárias de nossa Cidade. Foi com essa impressão que saí daquela reunião, com o depoimento dos presentes.

Vamos mais adiante. O Prefeito Fogaça também afirmou não ser contra o Orçamento Participativo, disse que ele é bom e que vai continuá-lo - e nós concordamos com isso. Só quero que os senhores, agora, que estão aí nas galerias, os colegas Vereadores e Vereadoras, pessoas que nos assistem pela TVCâmara, acompanhem o meu raciocínio: o Orçamento Participativo teve, até o início deste ano, 529 obras aprovadas; de creches, parece-me que são 72. O Prefeito Fogaça tem quatro anos de mandato na Prefeitura desta Cidade; se ele der prioridade a essas obras, terá de fazer, a cada ano, 132 obras, ou seja, a cada três dias o Prefeito terá de começar uma obra que foi aprovada democraticamente no Orçamento Participativo. E como fica o Governo Fogaça? Como fica esta Casa com seus 36 Vereadores e Vereadoras nessa discussão? O Prefeito Fogaça foi claro quando disse que queria incluir na discussão esta Casa e a comunidade - já há 529 obras aprovadas. Qual é a responsabilidade desta Casa? Qual é a prioridade do Prefeito Fogaça?

Eu não falo por mim, nem pela minha Bancada, com a qual nem cheguei a comentar e nem pedi autorização para isso. Acho que o Prefeito Fogaça tem de zerar essa questão, não há outra saída. Se algum dos nobres colegas desta Casa entender que há outra saída, usem este microfone e a coloquem aqui para nós. Como opinião deste Vereador, não vejo outra saída - opinião que não é da minha Bancada, dos Vereadores Dr. Goulart, Mário Fraga e Verª Neuza Canabarro. O Prefeito tem de zerar essa questão para que possamos reabrir a discussão, só não sei como o Prefeito vai atuar quanto a esses projetos já aprovados, essas obras, pelo Orçamento Participativo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Ver. Luiz Braz, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, ontem foi um dia de festa para Porto Alegre, para o Rio Grande do Sul, pois o cantor Lenny Kravitz e sua banda compareceram e aqui fizeram um show. Começou em Porto Alegre a turnê internacional desse cantor, só que, ao mesmo tempo, nós ficamos preocupados. Já existe, há quatro anos, uma lei de nossa autoria que prevê que, quando houver um show internacional em Porto Alegre, este tem de ser precedido por um músico local - ontem a Produtora Opinião não cumpriu a lei. Entramos em contato algumas vezes com a Produtora, disseram-nos que haveria um show surpresa. Mas a surpresa que nos deram foi a de não cumprir a lei.

Então, nós estamos, hoje, ingressando com uma representação no Ministério Público. Inclusive, já entramos em contato com a Secretaria Municipal de Cultura, que infelizmente não compareceu. E eu quero cobrar aqui, de público, do Secretário de Cultura Sérgio Gonzaga, a quem enviamos um ofício, o cumprimento da lei. E não veio a resposta do Secretário da Cultura; infelizmente, o Secretário da Cultura não nos deu o retorno. Não foi cumprida a lei ontem. Estamos ingressando com uma representação no Ministério Público pedindo o ressarcimento. A lei prevê, diante do não-cumprimento, a indenização de 10% do valor da bilheteria. Imaginem os senhores que ontem havia mais de vinte mil pessoas no Estádio Olímpico, alguns convites no valor de 50 reais, até 200 reais. Acredito que seja um bom motivo de arrecadação para os cofres públicos do Município.

Há dois anos, sentamos com a Produtora Opinião, e eles tentaram fazer uma parceria, propondo: “Olha, Ver. Garcia, quem sabe, em vez de ter abertura, vamos fazer um show compensatório?” Eu disse que nós não queríamos a questão do show compensatório, nós queríamos o cumprimento da lei. É uma lei que, em mais de oitenta Municípios do Rio Grande do Sul, foi transformada de músicos brasileiros para músicos locais. A nossa é somente para shows internacionais. Foi discutida durante dois anos, inclusive as próprias produtoras, na época, concordaram. Nós colocamos uma Emenda na lei em que ela só se aplicaria em lugares com capacidade acima de duas mil pessoas. Por exemplo, o maior local, em Porto Alegre hoje, totalmente coberto, é o Teatro do Sesi, que é para 1.800 pessoas. O palco do Teatro do Sesi é de mais ou menos 150 metros quadrados. Não se aplica a lei, por quê? Essas bandas que vêm de outros países têm uma parafernália, uma engrenagem que não daria aporte suficiente para colocar dois instrumentos, duas caixas. Esses megashows, como foi ontem, precisam de um palco de no mínimo 400 metros quadrados.

Então, o que nós queremos - e ontem nós íamos entrar com uma liminar para não sair o show, ia ser muito pior - é o cumprimento da lei. Tão logo analisemos os Vetos, vamos marcar uma audiência com - já estão nos esperando - o Procurador da República, através do Ministério Público, e vamos ingressar então com essa ação pedindo a indenização. Enquanto não sair o parecer do Ministério Público, nós vamos ocupar esta tribuna para cobrar, sim, a produtora, porque ela sabia. Negociamos durante várias vezes, em 2001, quando foi aprovado o Projeto, trouxemos todas produtoras do Rio Grande do Sul e de fora, que, inclusive, disseram: “Olha, Garcia, só cuida, porque senão as coisas vão acontecer em São Paulo, vão passar por cima de Porto Alegre e vão para Buenos Aires.” Depois de muita discussão, constataram que não era nada inviável, que, pelo contrário, nós temos condições, sim.

Ontem, por exemplo, levantaram a questão do blues. Nós temos aqui um excepcional cantor que teria a aceitação de todo público, o Nei Lisboa; ele poderia fazer, com toda tranqüilidade, essa abertura. Não ocorreu. Lastimamos o não-cumprimento. Agora, podem ter certeza de que este Vereador está vigilante, está atento e vai cobrar, sim, da Produtora Opinião.

E, volto a dizer, a multa é de 10% da bilheteria. Então, queremos saber, de antemão, quanto custou esse show e quanto foi arrecadado. Porque vai ser mais uma questão que vamos colocar para o Secretário da Fazenda, saber o que veio para os cofres públicos, e nós vamos saber, de antemão, o que virá com essa arrecadação. Portanto, tão logo analisemos os Vetos, vamos ter essa reunião com o Ministério Público para entrar com essa representação. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, há vários assuntos que dizem respeito à cidade de Porto Alegre e também ao nosso Estado do Rio Grande do Sul, até porque agora estamos tendo a honra de dialogar além da nossa Cidade, estamos dialogando com todo o Estado do Rio Grande do Sul.

E, com certeza, um dos temas que a população do interior do Estado observa, Ver. Comassetto, com muita preocupação, é como vai ser distribuída, a partir dessa realidade catastrófica que está acontecendo - a estiagem -, a verba que o Governo Federal vai repassar. Inclusive, hoje temos a visita do Presidente da República, o companheiro Lula, que esteve em Erechim e está fazendo toda uma visita em relação ao problema dramático da seca que estamos vivendo.

Infelizmente, o Governo do Estado não decretou a emergência necessária em todas Cidades. Eu estive lá em Progresso, há poucos dias, Boqueirão do Leão, Lajeado, naquela região. Hoje serão trazidas ao pequeno e médio agricultor as verbas necessárias para, ao menos, amenizar a problemática que se está vivendo no Estado, mas essas Cidades e toda a agricultura dessa região ficarão totalmente desprotegidas, fora de qualquer assistência, pois não foi decretada a emergência, também, nessas Cidades. Então, nós aqui queremos fazer à Bancada da situação, aos Partidos da “aliança mudança”, que têm toda uma relação com o Partido da situação que está no Governo do Estado, um apelo para que o Governador Rigotto inclua os outros Municípios, para que eles também possam ser beneficiados, a fim de amenizar esse infortúnio pelo qual estamos passando neste momento.

Outra questão séria que também diz respeito ao cotidiano - infelizmente, temos de vir novamente falar - é a questão dos medicamentos. Infelizmente, nenhuma medida realmente reparatória, urgente foi encaminhada nesse sentido. E nós ainda continuamos com aquelas filas, e não tem como explicar o que é o desespero humano, Ver. Sebastião Melo, daquelas pessoas na fila. Quem tem necessidade de remédios - e aqui está o Ver. Dr. Goulart, que é médico, sabe do que se está tratando -, quem tem condições e a necessidade do remédio contínuo é uma situação. Agora, a grande maioria vem do Interior e vem com o dinheiro da passagem, não tem condições de retornar novamente ou ficar aqui aguardando. Então, é também outra “seca” que nós vivemos. E o desespero da população, que morre na fila, que está com essa problemática, persiste.

Sr. Presidente, eu não poderia deixar de fazer um comentário aqui sobre a fala do nobre Ver. Ervino Besson - que não está neste momento aqui no Plenário - que considero importante, que é a questão da lógica que está se estabelecendo em relação ao Orçamento Participativo de apenas recuperar as obras atrasadas. É uma inverdade dizer que, nos quatro anos, não se fizeram obras. Nós temos 82% das obras concluídas, e, em algumas regiões, algumas obras estão atrasadas, isso, sim, é verdade, nós nunca dissemos que isso não era verdade. Inclusive, fizemos vários acordos no COP. Isso é tirar da responsabilidade e, sutilmente, acabar e esvaziar com o Orçamento Participativo, já que vão acontecer as plenárias e não vão hierarquizar demandas. Isso é tirar a responsabilidade através da chamada governança local; tirar a responsabilidade do Governo Municipal, fazendo a parceria com a iniciativa privada e, daqui a pouco, também dando isenções fiscais, como aconteceu com o Governo do Estado, através do Fundopem.

Nós temos que estar muito atentos com essa manobra político-administrativa de um conceito que nós sabemos muito bem como funciona. Basta ver, apesar de muito mais inteligente e sutil, a questão da Consulta Popular. Nós estamos atentos, estamos observando e estamos vendo que aqui está a grande formatação da asfixia e o fim do Orçamento Participativo. Eu vou cantar toda a vez que for necessária a musiquinha. Foi dito que tudo o que era bom ia permanecer; e o que é bom nós vamos continuar traduzindo à população, que não pode, por um pleito eleitoral, ser enganada. Muito obrigada, Sr. Presidente, pela sua tolerância e uma boa-tarde a todos.

(Não revisado pela oradora.)

 

(O Ver. Elói Guimarães reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Presidente, eu quero, como cidadão de origem militar, manifestar a minha apreensão pelo acontecimento de ontem com o repórter e o cinegrafista da RBS TV.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, primeiramente quero cumprimentar o meu amigo Raul Moreau, jornalista, a quem admiro há bastante tempo e que nos dá a honra de sua visita. Ao mesmo tempo, eu gostaria de, como Líder da minha Bancada, contestar algumas falas de Lideranças de outros Partidos que já se fizeram ouvir desta tribuna, praticamente mostrando uma certa repulsa pelas atitudes da Brigada Militar nas manifestações que ocorreram ontem, promovidas “pseudamente” por estudantes contra o aumento das tarifas do transporte coletivo. Eu li aqui (Mostra o jornal Zero Hora.) uma manifestação do Tenente-Coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos, do 9º BPM, e ele diz que toda a agressividade por parte da Brigada Militar, se ela houve, foi motivada pela prisão de um garoto de 19 anos que estava em liberdade condicional por problemas de furto, roubo, homicídio e que mais ou menos liderava aqueles manifestantes, ontem, numa determinada região da Cidade.

Ora, quando leio isso no jornal, Verª Manuela, eu fico pensando como é que o nosso policial deve agir. Como é que agiria o policial de qualquer país do mundo? No país mais adiantado, no país mais culto, como é que esse policial poderia agir para reprimir uma manifestação que está sendo comandada por um rapaz de 19 anos que está em liberdade condicional? Homicida e ladrão, pelo menos é o que fala o Tenente-Coronel que esteve ontem comandando os atos. Eu não estava aqui ontem, estava em Belo Horizonte, não presenciei esses fatos e, na verdade, estou-me valendo do que li nos jornais, mas não posso, Ver. Comassetto, em sã consciência, querer que o policial, que também está ali trabalhando, vá e se exponha a levar pedradas, exponha-se a ser agredido e fique impassível! Ele tem de cumprir a sua função! Ele não pode abrir mão de cumprir a sua tarefa! Ele vai lá, Ver. Dib, para desobstruir a rua, para deixar que os cidadãos que queiram caminhar tranqüilamente pelas ruas da Cidade possam fazê-lo, ele está lá para cumprir o seu papel!

E aí eu faço mais uma pergunta: onde esses manifestantes de ontem estavam nos dezesseis anos em que o PT esteve à frente da Prefeitura? Porque a tarifa subiu acima de 34% nesses dezesseis anos! E aí ninguém se manifestou?! Foi preciso trocar o Governo para que houvesse manifestações daquele tipo? Eu acredito que aquilo não é bem a população manifestando a sua insatisfação. Aquilo me parece mais uma corrente política que não está satisfeita com a derrota nas urnas e que, por isso mesmo, leva a sua insatisfação para as ruas da Cidade. Porque o aumento tarifário que houve desde domingo foi o aumento tarifário da inflação! Nada além da inflação! E essa inflação foi trabalhada, na verdade, no Governo do PT! Esse aumento deveria ter sido dado, Ver. Brasinha, pelo próprio PT no mês de novembro, mas, como o PT perdeu as eleições, não quis dar o aumento em novembro e o deixou para o próximo Prefeito! E aí vai para as ruas da Cidade, juntamente com outros Partidos mais à esquerda, e promove aquela verdadeira bagunça em Porto Alegre! E não querem que a Polícia faça absolutamente nada, mesmo tendo um marginal entre eles, como é o caso deste que foi citado pelo Tenente-Coronel, que estava à frente das operações!

Ora, Porto Alegre não pode ser uma terra de ninguém. Porto Alegre tem que ter ordem! E a Brigada Militar está aí para manter a ordem, Ver. Sebenelo! Nós não podemos consentir que a Brigada seja atacada aqui nesta Câmara porque estava cumprindo seu papel! E aqui passou um Requerimento, Ver. Nereu, solicitando uma manifestação por parte da Câmara contra essa ação da Brigada! Ora, eu acho o fim do mundo que a Câmara realmente se preste a esse papel! Eu não acredito que isso vá acontecer. Acho que nós temos que ficar atentos para evitar que esta Câmara possa ser usada como instrumento para permitir que a desordem realmente se instale em nosso Município.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu vou falar sobre a viagem que os nossos representantes fizeram a Belo Horizonte, Ver. Luiz Braz e Ver. Adeli Sell.

Antes eu quero fazer um comentário. Quero registrar a admiração que tenho por todos aqui, em especial, pela Verª Maristela Maffei, pois vejo que a Vereadora faz as críticas, e a gente realmente tem que concordar, dadas as dificuldades com que o nosso Prefeito assumiu a Prefeitura de Porto Alegre, e nós estamos também ansiosos para ver tudo funcionando. E, em relação a isso, creio que os demais Vereadores também concordam comigo. Mas a Vereadora vai longe, vai além, a Vereadora agora deu para adivinhar o futuro, faz críticas em cima daquilo que há hoje, faz previsão do futuro e tece críticas ao Prefeito por conta do futuro. Vossa Excelência realmente tem um poder de adivinhação que eu admiro.

Voltando aqui para assuntos referentes a Porto Alegre, nossos cumprimentos a essa Comissão que foi, acompanhada pelo nosso Secretário Idenir Cecchin, visitar Belo Horizonte. Começando por visitar uma capital tão importante quanto Belo Horizonte, nós imaginamos, sim, que vão trazer subsídios, informações, idéias novas, coisas boas para Porto Alegre. Apenas faço um apelo para que nós, Vereadores, todos nós, os 36 Vereadores, possamos, efetivamente, opinar sobre essa troca de informações. Porque Porto Alegre, acima de tudo, é impar. Porto Alegre é Porto Alegre e tem as suas particularidades. E que bom se pudéssemos, cada um, trazer informações das demais capitais do Brasil.

Com referência ao Projeto de Revitalização do Centro, ontem tivemos a oportunidade de participar de uma reunião da CUTHAB e, Sr. Presidente, tivemos a impressão de que os nossos moradores do Centro de Porto Alegre estão cansados de tanto discurso, de tanta promessa! Lá deu para ver, claramente, que os nossos moradores do Centro, os comerciantes do Centro, a cada dia que passa, parece que perdem a esperança de ver concretizado aquilo que vem se prometendo, aquilo que vem se discutindo ao longo dos anos. A gente sentiu, ontem, que parece que eles estão ficando cansados, parece que eles estão vendo que é mais uma reunião. Mais uma. E entra ano e sai ano... Mas eu tenho certeza de que, com a nova Administração, com esse sangue novo, nós vamos ver, sim, uma Porto Alegre melhor. Tenho certeza de que as mudanças virão e espero me somar a esse trabalho, porque sei o quanto é necessária e importante a revitalização do Centro para Porto Alegre. O Centro realmente representa Porto Alegre. Ontem, nós víamos as pessoas dizendo que Porto Alegre é o Centro. Porto Alegre se resume no Centro, quando se fala na história da Cidade. Claro que Porto Alegre é a soma de todos os bairros, mas o Centro é a história de Porto Alegre. E o Centro está cansado de discursar, o Centro quer, realmente, revitalizar!

Nós, apesar daquilo que ouvimos ontem, temos certeza de que a nova Administração terá coragem de mudar, aceitará, sim, os desafios e as propostas de mudança, Ver. Comassetto. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero aqui antecipar, usando o tempo de Liderança da Bancada do PPS, uma posição política sobre a proposta do Governo em relação aos Vetos que estão em votação nesta Casa. Nós já votamos seis Vetos, e a posição madura deste Parlamento foi a de, independente de quem vetasse, fosse o ex-Prefeito ou o atual Prefeito, votarmos sempre em sintonia com aquilo que respeite as iniciativas e a autonomia dos Poderes.

Hoje eu queria usar este tempo para explicitar às Sras Vereadoras e aos Srs. Vereadores que temos ainda quatro Vetos. São questões importantes a serem enfrentadas. Tendo em vista que várias das Sras Vereadoras e dos Srs. Vereadores demonstraram dúvida em relação à posição do Executivo Municipal a respeito do Projeto de Lei que trata do Porto Seco, eu queria reafirmar, da tribuna, o que falei pessoalmente com alguns Pares.

O ex-Prefeito Verle enviou um Projeto para esta Casa, um Projeto que beneficiava a Cidade, que garantia o crescimento do Porto Seco, uma instituição extremamente importante. Os Vereadores e Vereadoras desta Casa, responsáveis que somos pelo desenvolvimento da Cidade, votaram favoravelmente - inclusive nós que éramos Vereadores de oposição - a posição do ex-Prefeito João Verle. Essa discussão aconteceu no final do ano, e surgiram quatro Emendas - um processo parlamentar usual - que foram aprovadas e rejeitadas pelo ex-Prefeito de Porto Alegre.

O atual Prefeito expressou publicamente a posição de apoiar essa decisão do ex-Prefeito, porque as Emendas que foram incorporadas ao Projeto tratam de temas que são de atribuição exclusiva do Executivo. Elas tratam de questões que dizem respeito ao Plano Diretor e, mudando o Regime Urbanístico - alturas, volumetria, áreas de recuo, trabalhando áreas definidas como áreas ambientais -, precisam de um estudo, inclusive do conjunto das repercussões, inclusive sobre a estrutura viária dessa região.

Quero dizer às Sras Vereadoras e aos Srs. Vereadores que estou preocupada, assim como todos que estão aqui, com o desenvolvimento desta Cidade. Fazendo uma análise de que o crescimento de Porto Alegre precisa ser acelerado, agilizado, que são necessários novos investimentos e empreendimentos nesta Cidade, nós todos, independentemente das siglas que possamos representar, temos que nos esforçar para a agilização de modificações do Plano Diretor capazes de fazer o crescimento de Porto Alegre. Porém temos a responsabilidade política de não acharmos que, pelo fato de ao final do ano termos aprovado algumas Emendas, mesmo que elas não tenham legalidade, mesmo que elas tenham invadido a área do Executivo, possamos aqui defendê-las. Nós não as defenderemos, porque acreditamos que o novo Governo é um Governo ágil, é um Governo responsável, é um Governo comprometido, garantindo a transversalidade, otimizando os serviços.

Ainda esta semana o Prefeito anunciou a criação da CAUGE, que é um órgão que está agilizando, inclusive, a liberação para novos empreendimentos. Como houve dúvidas a respeito da posição do Governo, eu queria reafirmar, na condição de Líder do Governo José Fogaça, e trabalho junto com os meus Pares do Conselho de Líderes de todas as Bancadas de apoio a este Governo, que a manutenção do Veto é um instrumento fundamental para que possamos fazer as ações de desenvolvimento de Porto Alegre da maneira mais ágil possível, sem corrermos nenhum risco de que essas decisões possam acarretar algum transtorno porque não está feito, neste momento, o conjunto das avaliações necessárias para que se chegue a bom termo em relação a isso.

Quero avisar inclusive que conversei com setores econômicos da Cidade que trabalham com essa área, assumi publicamente o compromisso de dar a contribuição deste Parlamento para agilizar, junto ao Executivo, todas as medidas necessárias para o desenvolvimento e o crescimento, inclusive, dos empreendimentos que favorecem o conjunto da Cidade, porque favorecem o crescimento da Cidade, propiciam o aumento da infra-estrutura, e eu acho que faz de Porto Alegre uma Cidade mais moderna, uma Cidade mais empreendedora.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre Presidente Elói Guimarães, Vereadores e Vereadoras, nós estamos na Campanha da Fraternidade, e seu lema é “Solidariedade e Paz”. Esse tema diz muito respeito aos nossos munícipes, aos porto-alegrenses, aos que aqui residem.

Fala-se em solidariedade. É difícil falar em solidariedade quando temos um passivo social elevado: um elevado desemprego, e nós falamos em solidariedade; uma elevada violência; um passivo na área da Saúde de sessenta mil consultas ou procedimentos médicos especializados, as pessoas estão sofrendo com a Saúde, sim. Nós temos um passivo habitacional de oitenta mil moradias, e nós falamos em solidariedade. Nós falamos que Porto Alegre precisa de educação ambiental, e, há pouco, esteve aqui conosco o ilustre Diretor-Geral do DMLU, Ver. Wilton Araújo, falando sobre isso. O passivo na educação ambiental, o problema do lixo em Porto Alegre, é muito sério, e nós falamos em solidariedade.

Mas todos, especialmente os cristãos, estão ingressando, na próxima semana, na Semana Santa, na Semana da Páscoa, e a Igreja fala em solidariedade e paz; o Ver. João Antonio Dib fala em saúde e paz; a Verª Mônica Leal fala em segurança e paz. Todos nós queremos paz, todos nós queremos solidariedade. E a Semana Santa, que inicia na próxima semana, traz-nos um período de reflexão sobre a vinda de Cristo, que veio trazer a sua mensagem de amor, de solidariedade de que tanto precisamos. Então, vamos recordar que ele veio, sim, para nos trazer a sua mensagem de solidariedade e paz, para trazer a mensagem de esperança, porque, com todo esse passivo social que nós temos em Porto Alegre, nós precisamos de esperança.

Então, meus caros colegas Vereadores e Vereadoras, pessoas que nos ouvem pelo Canal 16, pessoas que nos assistem aqui, eu queria, em nome da Bancada do Partido Progressista, composta por nosso Líder, Ver. João Antonio Dib; pela Verª Mônica Leal e por este Vereador, desejar a todos uma feliz Páscoa, um feliz retorno de Jesus Cristo, que veio dar a sua vida por nós, para que tenhamos solidariedade, paz, justiça e amor. Esses são os votos da Bancada do Partido Progressista.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para um Requerimento.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Sr. Presidente, apresento a V. Exª um Requerimento com a seguinte ordem de votação dos Vetos que estão na Pauta no dia de hoje: primeiro, Veto Total ao PLL nº 067/04, de autoria do Ver. Garcia; segundo, Veto Total ao PLL nº 085/01, de autoria do Ver. Nedel; terceiro, Veto Parcial ao PLCL nº 005/04, de autoria do Ver. Elói Guimarães; quarto, Veto Parcial ao PLCE nº 007/04, de autoria do Executivo.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Portanto, são quatro matérias para serem votadas, não haveria possibilidade de se colocar mais matérias, porque são exatamente 16h20min. Eu aceito a decisão a consenso do Plenário.

Em votação o Requerimento de autoria da Verª Clênia Maranhão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 1543/04 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 067/04, de autoria do Ver. Professor Garcia, que dispõe sobre o estacionamento temporário e rotativo em frente às clínicas de fisioterapia no Município de Porto Alegre e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Valdir Caetano: pela manutenção do Veto Total;

- da CUTHAB. Relator Ver. Elias Vidal: pela manutenção do Veto Total;

- da COSMAM. Relator Ver. Sebastião Melo: pela rejeição do Veto Total;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: empatado.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- renovação da votação nos termos do art. 196 do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 16-03-05.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

- Trigésimo dia: 16-03-05 (quarta-feira).

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLL nº 067/04, com Veto Total, de autoria do Ver. Professor Garcia. O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLL nº 067/04, com Veto Total.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, este Projeto de nossa autoria prevê que em frente às clínicas de fisioterapia haja um estacionamento rotativo de quinze minutos. Já existem em Porto Alegre projetos semelhantes em relação às farmácias. Mas eu gostaria que os Vereadores prestassem atenção no que eu vou falar, e até para o Ver. Luiz Braz. Nas farmácias, nem sempre quem vai comprar o remédio é o paciente. Nas clínicas de fisioterapia, obrigatoriamente quem vai até elas é o paciente, e não é um estacionamento que fica fixo, simplesmente é um estacionamento para que o paciente possa se deslocar, ir até à clínica e o motorista vai arrumar outro local para estacionar. Inclusive existem várias pessoas que nos trouxeram multas porque estacionaram, e os “azuizinhos”, de forma correta, dizem que não é permitido estacionar e - desculpem-me o termo - aplicam um canetaço, e a pessoa é multada.

Então, no nosso entendimento, é um Projeto simples, mas o Prefeito resolveu vetar, é o entendimento dele, mas nós não conseguimos entender ainda o porquê do Veto. Primeiro, já existe, por similaridade, legislação igual em Porto Alegre aplicada às farmácias, desde 1992; na época o Ver. Luiz Braz apresentou um Projeto, e o Prefeito era Olívio Dutra. Hoje, então, estamos tentando votar este Veto. E nós entendemos, eu volto a dizer, ser um Projeto simples, não estamos pedindo que estacionem em frente às clínicas e fiquem uma hora, duas. Não. São quinze minutos, é um estacionamento rotativo, temporário para que se possa fazer esse translado. No nosso entendimento, é um Projeto simples, ele veio favorecer e muito aquelas pessoas que precisam fazer um atendimento fisioterápico.

Mas o que eu gostaria de discutir com os Srs. Vereadores e com as Sras. Vereadoras é isso aí. Quanto ao mérito, não há nenhuma questão contra, acho que pelo mérito todos vão votar a favor, não é inorgânico, não é inconstitucional, ele não cria nenhum problema maior, mas não conseguimos entender o porquê do Veto.

É em cima disso que gostaríamos de discutir, e gostaria de ouvir os demais depoimentos das Sras Vereadoras e dos Srs. Vereadores, para que possamos chegar ao entendimento. Se for pela manutenção do Veto, claro que este Vereador vai votar pela derrubada, não nos cabe mais nenhuma decisão, até porque a Casa é soberana. Mas eu gostaria que prestassem atenção nestes aspectos: o mérito, não é inorgânico, não é inconstitucional. E existe, por similaridade, no Município de Porto Alegre, uma lei, só que se aplica às farmácias.

Eu gostaria de dizer, novamente, do pressuposto. Nas farmácias, nem sempre quem vai a uma farmácia é o próprio paciente. Nas clínicas de fisioterapia, obrigatoriamente, é o próprio paciente que vai fazer a fisioterapia. É em cima disso que gostaríamos de solicitar aos Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras que votem pela derrubada do Veto. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 067/04, com Veto Total.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, 24 linhas datilografadas do Prefeito João Verle fulminaram o Projeto do Ver. Professor Garcia.

Eu já fiz fisioterapia em diferentes lugares do País e fora dele. No início, durante três anos e meio, fiz fisioterapia todos os dias. Portanto, sei como é o movimento em uma clínica de fisioterapia. Não é só a pessoa que chega de cadeira de rodas, não é aquele que chega caminhando, com o braço quebrado ou puxando uma perna. Não é nada disso. Há todos aqueles que tiveram AVC, ou seja, derrame, que não podem movimentar os braços nem as pernas e que precisam de duas pessoas para levá-los até a sala de fisioterapia.

Eu não posso entender que haja insensibilidade para isso e se negue a possibilidade de quinze minutos de estacionamento, a mesma que nós damos para as farmácias. Na farmácia, vai o homem saudável, forte, porque o doente está em casa ou no hospital. Agora, na clínica de fisioterapia, vai o paciente, que precisa ser transportado no colo, às vezes, e que precisa ser cuidado.

Então, eu acho que o Prefeito João Verle, quando vetou este Projeto, não estava nos seus melhores dias; talvez ele estivesse fazendo aquela quantidade de Projetos de Lei - eu disse que deu nele a fúria legiferante nos últimos trinta dias de Governo. Porque este Veto eu tenho certeza de que a sensibilidade dos Srs. Vereadores derrubará.

Eu já vivi no Executivo, eu já autorizei estacionar na Av. Borges, porque era o jeito de transportar as pessoas. Isso é o que faz a diferença, é o que sente e o que não sente; o que vive e o que não vive o problema. Por isso me surpreende que o Prefeito João Verle, que eu sempre considerei um homem sensível, tenha vetado um Projeto como este. E ainda mais porque há um precedente: nós permitimos, por lei, estacionamento de até quinze minutos na frente das farmácias.

Portanto, eu espero que os Srs. Vereadores, pela sua totalidade, rejeitem o Veto de S. Exa. o Sr. Prefeito João Verle e cumprimento o Ver. Professor Garcia pela sua sensibilidade. É um homem que trabalhou com escola de fisioterapia e tinha de sentir exatamente o que sentiu. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLL nº 067/04, com Veto Total.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; senhoras e senhores; Ver. Professor Garcia, eu ouvi de V. Exª e de outro amigo, o Ver. João Dib, críticas a um Projeto nosso que se transformou em lei: é o estacionamento rotativo, em frente às farmácias, de quinze minutos. Nas críticas que eu ouvi, creio que um argumento não é o mais correto, porque disseram assim: “O cidadão que vai à farmácia é um cidadão saudável, então ele nem precisaria ter o espaço de quinze minutos.” Eu quero só dizer o seguinte ao Ver. João Antonio Dib e ao Ver. Professor Garcia: o cidadão que vai lá, muitas vezes, precisa rapidamente conseguir o remédio. Então, muito embora ele seja saudável, ele está lutando contra o tempo, e é por isso que nós apresentamos o Projeto.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Luiz Braz, em momento nenhum eu quis criticar o atendimento que se dá àquele que vai à farmácia; em momento nenhum! É que houve sensibilidade. A Cidade sentiu que era necessário, e ninguém reclama isso, todo mundo aplaude; eu também. Apenas quis estabelecer a diferença entre alguém com derrame e alguém que usa as suas duas pernas para a compra do remédio.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Obrigado, Ver. Dib.

 

O Sr. Professor Garcia: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, também de nossa parte, em nenhum momento, fizemos críticas. Nós só fizemos uma constatação, porque na clínica de fisioterapia, obrigatoriamente, há a questão do paciente, porque às vezes o motorista tem que descer, o paciente precisa de uma cadeira de rodas, e o motorista tem que o levar até a clínica. Eu elogiei o seu Projeto, entendo que ele tem uma grande relevância social.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Professor Garcia, eu vou votar pela derrubada do Veto; particularmente, vou votar pela derrubada do Veto. Entendo o seguinte: não é o paciente que vai estacionar, porque o paciente vai demorar mais do que quinze minutos para ser atendido. Então, não é o paciente que vai lá estacionar.

 

O Sr. Professor Garcia: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) O nosso problema no estacionamento é só no sentido de o motorista não ser multado, ele vai ter de conseguir um local.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Então, quem vai lá estacionar, Ver. Professor Garcia, é quem está levando o paciente. E poderia não ser nem quinze minutos, poderia ser menos, porque ele vai deixar ali o paciente e vai ter de procurar um lugar para estacionar. Nós fizemos no nosso Projeto das farmácias alguma coisa que acho que V. Exª também poderia fazer neste Projeto das clínicas. No Projeto das farmácias, precisa-se deixar o pisca-alerta ligado para avisar que aquele carro está ali realmente numa questão de emergência.

 

O Sr. Professor Garcia: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu acho que aí é a regulamentação, Vereador.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, a necessidade de tempo para transportar aquele que precisa da clínica de fisioterapia é no sentido de que às vezes ele tem de ser transportado. O motorista vai levando o carro e, às vezes, há mais uma terceira pessoa, então o carro fica ali na frente. Ele leva no local da fisioterapia, retorna e retira o carro. Depois, ele tem hora para buscar e vai precisar fazer a mesma operação.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Por isso seria bom que o pisca-alerta ficasse ligado, para demonstrar que aquele carro está em emergência, que ele não está simplesmente parado ali por qualquer questão. Ele está ali exatamente porque precisou deixar na clínica o paciente. É o mesmo pensamento que tivemos quando fizemos a lei do estacionamento em frente às farmácias, que estabelece um tempo máximo de quinze minutos. Mas esse espaço de tempo deve ser realmente utilizado por aquelas pessoas que vão comprar o medicamento na farmácia, as quais não podem, muitas vezes, deixar o carro longe e caminhar demais, porque perdem um tempo que é precioso para um atendimento. Então, creio que esse pensamento de V. Exª serve perfeitamente para isso.

 

O Sr. Professor Garcia: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Na realidade, a sessão de fisioterapia dura de trinta minutos a uma hora. Por isso, vai fazer a sessão e vai ter de procurar outro local. Na farmácia, a pessoa compra o remédio e vai embora. Neste Projeto, é o tempo de se deslocar até o local, e o motorista vai ter de procurar um outro local.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Vossa Excelência tem o meu voto favorável ao Projeto. Já votei quando da aprovação do seu Projeto e voto agora contra este Veto, porque acredito que não prejudica a Cidade, pelo fato de o carro parar durante cinco, dez, quinze minutos em frente a essa clínica, a fim de que o paciente que necessita de atendimento possa tê-lo de maneira mais rápida e até com uma certa comodidade. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLL nº 067/04, com Veto Total.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, este Projeto foi vetado pelo Prefeito que antecedeu a atual gestão, o Sr. Prefeito João Verle, e esta matéria vem à apreciação neste momento. Nós, na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, Ver. Professor Garcia, fomos Relatores desta matéria e lá manifestamos nosso voto, que vamos proferir em plenário: é pela rejeição do Veto, porque é uma medida relativamente simples, mas eficaz. Às vezes, produzem-se Projetos de Leis com muitos artigos que acabam se tornando inócuos, ineficientes na vida real do cidadão.

Esta Casa, Verª Margarete Moraes, tem jurisprudência nessa matéria, se não estou enganado, o nosso querido Ver. Pedro Américo Leal foi o autor da lei sobre as farmácias e, naquela época, até recebeu quase que a aprovação unânime desta Casa, Verª Sofia Cavedon. O espírito, o fito, o fulcro deste Projeto, se é que entendi, não é para um sujeito que vai, dirigindo seu próprio carro, estacionar o carro, fazer fisioterapia, aguardar meia hora. O espírito que percebi da lei, Ver. Luiz Braz, é para quem vai levar uma pessoa para a fisioterapia, talvez um paciente numa cadeira de rodas. O sujeito acompanha a pessoa e tira o veículo dali, até porque, se eu tenho o estacionamento temporário de quinze minutos, se o condutor não obedecer a isso, ele estará, evidentemente, infringindo normas de trânsito e poderá sofrer penalidades, multas, por essa questão. Porque, se estou autorizado a quinze minutos...

Para isso, talvez, na regulamentação, seja necessário criar uma sistemática. Como é que eu sei que ele chegou ali nos quinze minutos? Como vai ser essa questão para aferir os quinze minutos? Quando eu tenho o estacionamento rotativo, que hoje é praticamente automatizado na cidade de Porto Alegre - a chamada Área Azul -, eu estaciono, retiro o ticket e tenho um prazo de, no máximo, duas horas. Portanto, o fiscal, ao passar ali, pode averiguar se efetivamente ultrapassei aquele limite de tempo ou não. Então, Ver.Professor Garcia, tem de se resolver essa questão na regulamentação, porque senão são quinze minutos, e aí? Não vou ter um plantonista, um fiscal, no relógio para marcar: “Este carro chegou aqui há quinze minutos” ou “Daqui a quinze minutos ele tem de sair” - essa questão tem de ser resolvida na regulamentação.                                                                                   

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) No caso das farmácias, nós tentamos resolver isso com o pisca-alerta ligado. O carro que fica na frente da farmácia tem de ficar com o pisca-alerta ligado, porque assim denota emergência.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Correto. São detalhes para que a legislação não se torne mais uma legislação morta no Município de Porto Alegre. Eu sempre tenho dito desta tribuna que leis não faltam, há leis à vontade. O que falta é o seguinte: se 30% das leis fossem executadas a favor do povo, o povo já poderia fazer uma passeata para comemorar. Porque geralmente as leis que são aplicadas são contra o povo; as que são a favor do povo geralmente não são aplicadas, essas ficam nas gavetas dos governantes.

Então, nós vamos votar favoravelmente esta matéria, creio que ela é meritória, porém tem de ser resolvido esse detalhe importante para a sua eficiência. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLL nº 067/04, com Veto Total.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, na CEDECONDH, fomos o Relator desta matéria. O nosso Relatório foi pela rejeição do Veto do Sr. Prefeito, porque entendemos que votar contra um Projeto que vai dar condições de os necessitados de serviços de fisioterapia e de outros tratamentos aqui já registrados poderem estacionar livremente ou poderem chegar até os locais necessários seria uma das maiores injustiças. E nós não queremos aqui fazer comparações, como já foram feitas, porque não há necessidade, sobre a situação das farmácias, etc.

Mas quero fazer um registro ao Ver. Professor Garcia: lamento que o companheiro de V. Exª de tantas horas difíceis rejeitou o seu Projeto; logo o companheiro de V. Exª, Ver. Professor Garcia, de tantas jornadas, ao longo de tantos anos, veta um Projeto social.

Nós vamos votar, sim, Ver. Professor Garcia, pela rejeição do Veto, porque entendemos que o Projeto é necessário. Parabéns pela sensibilidade de Vossa Excelência.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para discutir o PLL nº 067/04, com Veto Total.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, quero ser breve, apenas desejo fazer algumas considerações. Primeiro, se o ex-Prefeito Verle vetou um Projeto de um Vereador da sua base aliada, é evidente que a base aliada de hoje não tem compromisso com o Veto. Essa é uma lógica irretorquível. Segundo, se a moda pega, não vamos mais ter estacionamento para o povo em geral, vai haver estacionamento das farmácias, dos bares, das fisioterapias. Eu acho que é importante, não iria ao ponto de dizer que a intenção não é boa. É importante a questão da fisioterapia, só que o sistema viário da Cidade é mais importante.

Portanto, se eu tivesse que escolher, Ver. Luiz Braz - ambos são amigos meus, o Ver. Professor Garcia e V. Exa; o Ver. Garcia já foi do meu Partido inclusive e espero que um dia V. Exª também seja -, entre a questão das farmácias e a questão do Ver. Professor Garcia, com todo o respeito, eu ficaria com Vossa Excelência. Não que o Vereador seja mais bonito, mas é porque o Projeto de V. Exª é mais compatível com a realidade, não é? Porque as pessoas que vão às farmácias, vão rápido, compram o remédio e vão embora. Sobre a questão da fisioterapia, eu não sei.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Sabe que a minha admiração por V. Exª cresceu bastante, e já era grande.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Está certo, Vereador.

Eu acho que, como o Veto é do Prefeito Verle, dá mais autoridade moral para o Veto, porque foi com um aliado de V. Exª; e, hoje, nós não temos compromisso. Embora Vereadores ilustres...o Ver. Sebastião Melo já se posicionou, inclusive por escrito, pela rejeição do Veto, mas acho que devemos ser pela manutenção do Veto no sentido de que não podemos abrir exceções: é uma, duas ou três. Na verdade todas as questões, de certa maneira, para quem quer um estacionamento privativo, são importantes. Mas a Cidade é mais importante. Então, o menor perde para o maior. É importante a amplitude da circulação do trânsito, a trafegabilidade da Cidade, que já está atulhada, porque a cada mês entram na circulação da Cidade dois, três, quatro mil veículos a mais, e as ruas, a não ser a 3ª Perimetral e outras que puderam ser mão única, não aumentam, continuam as mesmas. O que aumenta é a quantidade de automóveis, a quantidade de circulação. Então, se vamos privatizar a Cidade, vai ficar muito difícil. Não quero ser prolixo, encerro dizendo que devemos ser pela manutenção do Veto. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir o PLL nº 067/04, com Veto Total.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Elói Guimarães, demais Vereadores, todos que nos assistem, vou fazer um pronunciamento rápido para agilizarmos as votações dos Vetos no dia de hoje.

Eu queria encaminhar, em nome da Bancada do PCdoB, favorável ao Projeto, portanto pela derrubada do Veto. E vou fundamentar o porquê: entendo que, no caso de uma clínica de fisioterapia, estamos tratando de situações de pessoas traumatizadas que, em geral, tiveram problema, quebraram uma perna, estão imobilizadas, estão em uma cadeira de rodas - situações que exigem que o motorista do veículo leve a pessoa até o local, desembarque e, em outro momento, embarque. Na verdade, haverá situações em que o motorista terá de estacionar, ajudar a pessoa a descer do veículo, colocá-la numa cadeira de rodas, conduzi-la a uma clínica que pode ser, por exemplo, no 10º andar de um edifício. Chegando lá, muitas vezes, há uma fila no atendimento, com pessoas sendo atendidas, ele apresentará - se é um tratamento pela Unimed - o cartão, buscará a senha, a autorização, deixará a pessoa lá e, depois, voltará para o veículo. Isso tudo, o Ver. Professor Garcia estimou em quinze minutos, para dar uma flexibilidade. Portanto, não é um estacionamento em que a pessoa vai permanecer, é como uma pessoa traumatizada pode ser levada para uma clínica. Então, parece-me justo.

O próprio Ver. Professor Garcia falava que ele foi multado em uma situação dessas. Se dissesse meia hora ou uma hora... Não! Não pode ser menos de uma hora a sessão de fisioterapia. Mas não é para a pessoa ficar aguardando, ela tem de descer e deixar a pessoa. E na hora de buscar? Aí, ela estaciona. A previsão era de que às 15h30min a pessoas estaria com a sua sessão de fisioterapia pronta. Aí, chega, sobe, houve um atraso, a pessoa não está pronta ainda, espera mais cinco minutos. Então, é evidente que esse prazo de quinze minutos tem um caráter rotativo, porque ele não é um estacionamento de uma hora, de meia hora, de duas horas, mas tem, ao mesmo tempo, um caráter, Ver. Sebastião Melo, de emergencialidade. Por isso, não nos parece que causa...

Aqui há a alegação de que é inorgânico, inconstitucional. Mas por quê? As razões não estão postas aqui. Será que esta Casa não tem o poder de criar uma condição favorável de estacionamento nesses casos? Vou falar de um precedente aqui. A Lei nº 7.078, de 1992, foi sancionada, Verª Clênia, pelo Prefeito Olívio Dutra. Essa lei diz sobre o estacionamento temporário e rotativo em frente às farmácias. Portanto, tem o mesmo espírito e a mesma preocupação do Projeto do Ver. Professor Garcia. Sei que não é um Projeto estratégico, que fere o programa de Governo do Prefeito Fogaça ou a sua linha política. Creio que foi algum técnico desavisado que raciocinou que, em quinze minutos, não se faz um tratamento fisioterápico; então, seria descabido. Se fosse somente para largar o cliente, seria embarque e desembarque. Essa é uma visão um pouco simplista, de quem nunca teve que fazer fisioterapia, porque, se alguma vez tivesse feito, saberia que não é só embarcar e desembarcar. Larga o cara na calçada, e ele sai se arrastando, de muletas? Ou ele sobe numa cadeira de rodas e entra no elevador sozinho? Não existe isso.

Então, o Ver. Professor Garcia está correto, o seu Projeto foi aprovado por unanimidade, por votação simbólica, e não há razão de Estado, Ver. Dib, que justifique vetar um Projeto com esse conteúdo social. Até falei com a Verª Clênia - sei que ela talvez não possa alterar a posição da Bancada -, sugerindo que é uma coisa simples, sensata, correta, boa para a Cidade e para as milhares de pessoas que enfrentam essa situação. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação nominal o PLL nº 067/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO o Projeto por 24 votos SIM e 04 votos NÃO, considerando-se rejeitado o Veto Total a ele aposto.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 1605/01 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 085/01, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que declara como área de interesse turístico e cultural as pedreiras desativadas existentes no Município de Porto Alegre, autoriza o Executivo Municipal a firmar convênio com pessoas físicas ou jurídicas para o aproveitamento das pedreiras e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Almerindo Filho: pela manutenção do Veto Total;

- da CUTHAB. Relator Ver. Mario Fraga: pela manutenção do Veto Total;

- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela manutenção do Veto Total.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLL nº 085/01, com Veto Total. O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Sras Vereadores, Srs. Vereadoras, senhoras e senhores, na primeira vez em que o Ver. João Carlos Nedel apresentou o Projeto - era um Projeto de caráter autorizativo -, eu lembro que nós o discutimos muito nesta Casa: “Afinal de contas que história era essa de autorizar?” Inclusive cheguei a levantar a necessidade de termos uma expressão que não fosse um Projeto de Lei, portanto não seria uma lei, nem seria um puro e simples Pedido de Providências, seria um outro tipo de instrumento que fizesse um diálogo com a Prefeitura, com o Poder Executivo, em que o Legislador pudesse propor iniciativas para melhorar a Cidade. E, de fato, o que o Ver. João Carlos Nedel quer aqui é algo que ele e eu temos discutido muito com o trade turístico. Nós temos lugares que poderiam ser aproveitados como elementos importantes do turismo em nossa Cidade, e não os aproveitamos.

Com relação à cidade de Curitiba - eu não concordo com tudo o que foi feito em Curitiba, nem tudo o que se badala acerca de Curitiba é de fato aquilo que as pessoas dizem -, certa feita o Ver. Sebastião Melo e eu estivemos lá visitando, inclusive alguns desses lugares que no passado eram locais degradados. Eu creio que a proposição feita, de declarar de interesse turístico e cultural e autorizar o Município a fazer convênios, é um projeto, uma lei, e não temos por que ser contra. Não haverá nenhuma condenação se a Prefeitura não conseguir fazer um convênio, porque não depende só da vontade unilateral da Prefeitura querer fazer um convênio com a iniciativa privada. A Prefeitura pode tentar, a iniciativa privada pode não ter interesse, e o fato não se consumar; por isso a Prefeitura não será penalizada.

A proposição vai no sentido de explorarmos ao máximo o potencial que a Cidade tem, inclusive que nós não deixemos a nossa Cidade com um local que é claramente degradado, porque ali havia uma pequena colina, da qual foram tiradas pedras, terra e, portanto, foi desfigurada a natureza como nós a recebemos. Nesse sentido o Vereador propõe que pensemos conjuntamente e que se discuta com o Executivo uma recuperação desses espaços. Hoje em dia, muitas vezes, discute-se - e muitas cidades já adotaram - a colocação de lixo em alguns desses lugares, como aqui em Butiá, em locais onde havia minas de carvão, transformar esses lugares em locais especiais para receber lixo, onde se recompõe o local.

Vamos pegar o caso do Morro Santana. Não é um lugar apropriado para se fazer esse tipo de intervenção, mas é um lugar bonito, aprazível, e, se todo o entorno for trabalhado, nós podemos ter um local de visitação. É assim Curitiba. Inclusive a Linha Turismo de Curitiba passa nesses locais onde havia, antigamente, uma grande degradação, e hoje nós temos o Teatro de Arame, que é um lugar maravilhoso e que foi feito exatamente numa antiga pedreira. Então, eu acho que aquilo que cai bem, que é bom, nós temos que evidentemente apoiar, e eu estou aqui para colocar minha opinião antiga de que, volto a frisar, sou favorável ao Projeto de Lei. Portanto, vou votar pela derrubada do Veto. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir o PLL nº 085/01, com Veto Total e terá mais cinco minutos por cedência de tempo da Verª Mônica Leal.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, está em discussão o Veto dado pela Administração anterior à lei aprovada nesta Casa que visa ao aproveitamento das pedreiras abandonadas na cidade de Porto Alegre, Projeto de minha autoria. Eu gostaria de defender este Projeto e pedir a derrubada do Veto, assim como gostaria de fazer uma pequena apresentação, comparando o que foi feito com as pedreiras em Curitiba e o que pode ser feito com as nossas pedreiras aqui em Porto Alegre.

Hoje Curitiba - quem conhece, sabe -, somente hoje, é uma Capital vocacionada para o turismo. Não por suas belezas naturais, que são poucas, mas pelo talento e visão dos seus empreendedores, que souberam criar, inovar e transformar, tornando útil aquilo que parecia inaproveitável. É o que eu quero mostrar a V. Exas. agora.

(Projeção de imagens.) Vejam a primeira pedreira: a Ópera de Arame, um teatro construído dentro de uma pedreira para fins culturais com capacidade de 2.400 espectadores. Um teatro inspirado na Ópera de Paris, sobre um lago artificial, em meio a uma pedreira antes abandonada. Cultura, turismo e ecologia conjugados. Esta, então, é a Ópera de Arame.

O Parque das Pedreiras, ao lado, é um espaço onde a arte humana encontra-se em harmonia com a arte da natureza, formando uma paisagem natural. Lá nesse Parque há um grande teatro a céu aberto, onde o Papa rezou a missa, onde o Carreras fez a sua apresentação. É uma beleza de Parque.

 

O Sr. Maurício Dziedricki: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nedel, só para fazer um registro. Eu sou originário de Curitiba e quero fazer uma referência à Ópera de Arame. A Pedreira Paulo Leminski é um exemplo de modelo cultural na Cidade, com atração de espetáculos internacionais. É meritória essa apresentação que V. Exª faz, e tenho certeza de que a Bancada do PTB o acompanha nesse raciocínio que permite a discussão sobre a ocupação e a presença física de instrumentos culturais dentro dessas pedreiras desativadas.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Muito obrigado.

Esta é outra pedreira, onde antes era uma pedreira abandonada, foi criada a Universidade Livre do Meio Ambiente. Lá as pessoas têm lições sobre o meio ambiente, há um lago com um parque natural e mais uma construção rústica, a Universidade. Um espaço para a transferência de conhecimentos sobre o meio ambiente e ecologia para a população.

Este é Parque Tanguá, um verdadeiro exemplo do que a capacidade humana pode fazer. Há dois lagos e um túnel artificial que podem ser visitados de barco ou a pé. Inclui também um mirante, uma ciclovia, pista de cooper e lanchonete. Envolve uma área de 235 mil metros quadrados, lugar do antigo complexo de pedreiras desativadas.

Nós estamos vendo aqui uma área de lazer, uma área onde são realizados eventos e também happy hours. Vejam que coisa linda! Este é o Parque Tanguá. E criaram, vejam meus caros Vereadores e Vereadoras, uma cascata artificial. Tiraram a água do lago, levaram para um reservatório e transformaram numa cascata artificial. Vejam que coisa linda, que beleza o que a mão humana pode fazer com a natureza antes degradada!

E agora a nossa linda Capital. Porto Alegre é bonita! Olhem só a beleza do nosso pôr-do-sol, a beleza do nosso lago Guaíba! Nós temos condições de transformar esta Porto Alegre em maior beleza ainda! Nós temos um grande potencial turístico, sim, mas falta trabalho humano, falta ainda trabalho humano.

Vejam a beleza da paisagem do Morro do Osso, olhem só a beleza dessa paisagem! Temos a nossa Catedral, também um local de grande interesse turístico. E agora vamos ver as nossas pedreiras.

A primeira pedreira é a do Morro Santana. Está lá, todos a conhecem, abandonada há muito tempo. Tem mais ou menos 45 metros de altura, numa área de 2.500 metros quadrados. Vejam o tamanho dessa pedreira pondo a imaginação a funcionar. Há, portanto, mil possibilidades de interesse turístico e cultural, sim.

Mais uma paisagem dessa pedreira. Olhem a paisagem que se tem do alto dessa pedreira de Porto Alegre. Esta é a nossa Cidade! No mesmo morro, há uma pedreira ao lado; no fundo há, inclusive, a Vila Pedreira. É uma pedreira explorada em camadas. Outra visão; uma visão mais à distância, a paisagem sobre Porto Alegre, aqui também vemos à distância as duas pedreiras juntas.

E esta é a Pedreira do Morro do Osso, ao lado do reservatório do DMAE - em baixo do Morro do Osso -, está lá a pedreira abandonada, o depósito de lixo, o matagal, tudo isso lá. Outra visão dessa mesma pedreira. A paisagem que se tem lá de cima da pedreira sobre Porto Alegre. Então, que possibilidades se tem? Teatro, escola, belvedere, cascata, parque, ópera - por que não? -, temos essas possibilidades em Porto Alegre, tudo para desenvolver o nosso turismo e a nossa cultura.

Portanto, amigos - e já encerro, Sr. Presidente -, estou propondo a todos os Vereadores que rejeitem o Veto e dêem a Porto Alegre a chance de dar corpo a sua vocação natural para o turismo e a cultura, agregando a possibilidade oferecida pela natureza, o talento e o descortino dos nossos homens públicos.

O Prefeito Fogaça libera os Srs. Vereadores a votarem de acordo com o seu entendimento. Este Projeto era autorizativo, mas o Ver. Juarez Pinheiro, durante a sua votação, sugeriu que se transformassem em interesse cultural e turístico as pedreiras abandonadas em Porto Alegre. Então, preciso do apoio dos Srs. Vereadores e das Sras. Vereadoras, para nós, finalmente, decidirmos em favor do turismo e da cultura de Porto Alegre. Sou grato se acolherem a minha indicação de derrubada do Veto. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLL nº 085/01, com Veto Total.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; prezados colegas Vereadores, prezadas colegas Vereadoras, prezado público que nos assiste, quero dizer que, na nossa discussão na Comissão de Transporte, Urbanismo e Habitação, este Vereador já acompanhou o Projeto do Ver. João Carlos Nedel. Quero trazer aqui, Vereador, algumas razões muito claras, para que possamos tornar este Projeto de Lei também uma realidade em Porto Alegre.

Além de discutirmos a questão da estética ambiental da cidade de Porto Alegre, gostaria de dizer que creio que esse tema traz para a nossa discussão a questão da ética e da estética das cidades. Fazermos uma discussão da estética da Cidade, um debate com os urbanistas, com os ambientalistas, com os setores de desenvolvimento do turismo, da economia solidária, enfim, com todos os segmentos da Cidade é de extrema importância. O turismo precisa ter diversidade de atrações.

Quanto às pedreiras como um espaço ambiental do meio físico, com os nossos morros, que são constituídos de matacões de granito, formação geológica das mais antigas do planeta, com aproximadamente 600 milhões de anos, creio que com esse elemento da formação ambiental, da estruturação física, que são os morros através dos seus matacões, poderemos corrigir uma dívida que a sociedade porto-alegrense tem para com o meio ambiente. Esses locais são como feridas abertas, outrora, foram locais simplesmente usados para exploração muitas vezes irracional dos meios físicos. Portanto, a sua iniciativa traz uma amplitude de compreensão e de elaboração, sim, do ponto de vista da ética e da estética.

Acompanhamos o seu Projeto, porque ele, além de trazer essa discussão, essa elaboração conceitual, para que possamos contribuir, traz um outro elemento inovador em Porto Alegre, e não tão inovador em âmbito nacional, que é a visão e o Projeto apresentado e aprovado na República sobre as Parcerias Público-Privadas, que, no seu art. 4º, diz: “Fica o Poder Executivo Municipal igualmente autorizado a firmar convênio com pessoa física ou jurídica para o aproveitamento das pedreiras desativadas previstas nesta lei”. Diante disso, quero dizer, Ver. Nedel, que essa iniciativa das Parcerias Público-Privadas precisa ser discutida e qualificada, até mesmo para que o Poder Legislativo possa acompanhar e fazer com que elas se prestem para ajudar e qualificar a Cidade.

 

O Sr. Mario Fraga: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Comassetto, quero dar os parabéns a V. Exª e dizer que infelizmente na nossa Comissão não conseguimos discutir este Processo, V. Exª foi o único que votou contrário ao Parecer, mas vejo que V. Exª está correto, e eu vou mudar o meu voto neste momento.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Muito obrigado, Ver. Mario Fraga.

Diante dessas afirmações, confirmando com o Ver. Mario Fraga, que fez o Parecer do ponto de vista correto da sua lógica política, mantendo o Veto anterior... Naquele momento já me posicionei contrário ao Veto e a favor do Projeto, pelas razões já citadas, inclusive lá não discutimos com essa profundidade. Esses elementos, Ver. Nedel, são importantes, e podemos dizer aqui que a nossa Bancada e este Vereador do Partido dos Trabalhadores têm uma posição clara de construir a Cidade do ponto de vista igualitário, democrático, participativo. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para discutir o PLL nº 085/01, com Veto Total, por transposição de tempo com o Ver. Carlos Todeschini.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, vou fazer uma intervenção extremamente rápida. O Ver. Nedel nos brindou com uma verdadeira conferência, inclusive ilustrada, sobre as maravilhas e transformações que podem ser feitas em uma pedreira.

A utilização da pedreira para atividades turísticas e culturais é um Projeto do Ver. Nedel, e ele foi vetado pelo ex-Prefeito João Verle, mas hoje, inclusive, pelo que estou compreendendo, a própria Bancada do Partido dos Trabalhadores - e também conversei com o Ver. Carrion - modificou essa posição, considerando os novos elementos que foram aqui trazidos na explanação do Ver. Nedel.

Nós tínhamos algumas preocupações, por isso achávamos que o Veto tinha sentido. Acho que a palestra que nos foi fornecida pelo Vereador autor do Projeto foi tão elucidativa que fez com que compreendêssemos as possibilidades turísticas de embelezamento para a nossa Cidade. Então, acho que o autor do Projeto conseguiu construir a unanimidade no Plenário em relação a essa utilização, trazendo, inclusive, outras experiências brasileiras.

Então, eu queria parabenizar o Ver. Nedel pela argumentação extremamente eficiente que nos permitiu compreender com mais profundidade o conjunto da proposta do seu Projeto, inclusive usando a tecnologia como elemento inovador, que acho que pode ser preservado, porque ela ajuda a compreensão do conteúdo e, através da imagem, inclusive a visualização da proposta do Projeto de Lei.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 085/01, com Veto Total.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; pessoas que nos assistem através do Canal 16; pessoal das galerias que nos assiste, tive a oportunidade há cerca de oito anos, em abril de 1997, de visitar esses equipamentos e esses locais em Curitiba. Eu sempre me perguntava por que a gente não adotava isso em Porto Alegre. Porque talvez várias circunstâncias tenham nos levado a não adotar. Mas o importante é o seguinte: as boas idéias também devem ser copiadas. Curitiba fez um belo aproveitamento de natureza cultural e ambiental daquilo que foi degradado ao longo do tempo através da extração de material das pedreiras. Na época, não havia exigência em relação aos licenciamentos, às licenças de operação, diferente do que ocorre hoje. Isso reservou, como herança para as gerações futuras, verdadeiras chagas ambientais, sem possibilidade de recuperação. Apenas o que se olhava no passado era o lucro, a ganância, a natureza que ficasse para trás.

Portanto, essa idéia é bastante criativa, bastante oportuna, assim como outros usos que se possa vir a fazer em alguns lugares. Por exemplo, são feitas represas ou reservatórios de água também com uso nobre, espaços para prática de esportes, como canchas de futebol, ou mesmo - eu sei que se estudou isso aqui em Porto Alegre - a possibilidade de se fazer aterro sanitário, e há necessidade de aprofundar-se esse tema. Mas a idéia apresentada aqui pelo Projeto do Ver. Nedel merece todo o nosso apoio, sim, porque é uma idéia que só vem somar pelo bem da Cidade, pelo bem da cultura, pelo bem do meio ambiente, pelo bem da reciclagem de um espaço que fica esquecido, abandonado, que gera problemas.

Assim, o Poder Público, com a iniciativa desta Casa, com a iniciativa da Câmara, está ajudando a produzir elementos que possam gerar futuro, gerar empregos, gerar oportunidades, desenvolver a cultura e, fundamentalmente, recuperar o ambiente de forma qualificada.

 

A Sra. Manuela d’Ávila: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Todeschini, já que V. Exª fez menção ao projeto desenvolvido em Curitiba, e nossa Bancada vai votar favorável ao Projeto do Ver. Nedel, gostaria de registrar que a utilização atual das pedreiras tornou aquela Cidade pioneira em trazer os grandes shows para o nosso País, pelo complexo cultural que se desenvolveu naquele lugar, mostrando as potencialidades que esses espaços podem ocupar, ambientalmente corretos, nos Municípios, nas grandes capitais do nosso País.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado, Verª Manuela, pelo aparte, e é bem nessa direção.

Então estamos solidários, estamos aplaudindo e votaremos a favor do Projeto do Ver. Nedel, porque é uma iniciativa que eu creio que não gera divergências. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para discutir o PLL nº 085/01, com Veto Total. (Pausa.) O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLL nº 085/01, com Veto Total.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente desta Casa, nobres Vereadoras e Vereadores, com referência a este Projeto de Lei do Ver. Nedel, eu tive que vir pessoalmente trazer a minha opinião, o meu depoimento. Vejo neste Projeto uma iniciativa deste Parlamento que talvez seja o início daquilo que eu sempre pensei que haveria de acontecer na nossa comunidade, de despertarmos a cultura turística definitivamente num impulso de competitividade com os demais Estados da federação.

Particularmente, no passado, devido a minha profissão, acompanhei muito o debate econômico e ambiental sobre as explorações dessas pedreiras. Hoje, trazendo para essa exploração turística, estaremos, logicamente, na apresentação definitiva dos Projetos, podemos inclusive contar essa história de luta em que a comunidade conseguiu parcialmente sanar essas feridas abertas na nossa Cidade. E, por outro lado também, estaremos oportunizando ao nosso Governo Municipal este Projeto audacioso, inovador na área turística, porque toda essa cultura turística traz no seu bojo o desenvolvimento econômico necessário também à nossa comunidade, haja vista acontecer, ultimamente, de os turistas praticamente passarem pela nossa Cidade. Portanto, temos de criar obstáculos, uma cultura, para que esse turista que passa por Porto Alegre venha definitivamente se hospedar em nossa Cidade, venha conhecer a história do Rio Grande, através da sua capital.

Este Projeto, com as outras áreas turísticas que já temos, com certeza, contribuirá muito. Necessariamente, haveremos de discutir no futuro, na nossa Câmara, isso por certo ajudará em muito para buscarmos a cultura turística da nossa Cidade, do nosso Estado. Era esse o meu depoimento, Sr. Presidente e nobres colegas. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Paulo Odone está com a palavra para discutir o PLL nº 085/01, com Veto Total. (Pausa.) O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLL nº 085/01, com Veto Total. (Pausa.)

Em votação nominal o PLL nº 085/01. (Após a apuração nominal.) APROVADO o Projeto por 31 votos SIM, considerando-se rejeitado o Veto Total a ele aposto.

VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. s/nº  (Ver. Elói Guimarães) – requer Regime de Urgência para o Processo n.º 1213/05 -  PR 067/05, que extingue e cria cargos no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências.  (incluído em 16-03-05)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento s/nº, de autoria deste Vereador, que requer Regime de Urgência para o Processo nº 1213/05 - PR nº 067/05 -, que extingue e cria cargos no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Sr. Presidente, eu quero fazer um encaminhamento a V. Exª e até pediria atenção dos meus colegas. Esse Veto do Sr. Prefeito Municipal, relativamente à questão dos postos de combustíveis, que veta o art. 3º, diz que os empreendimentos que estão em encaminhamento têm de ser adequados ao novo regime de lei. Eu acho que ficaria muito mais razoável para a Casa, se V. Exª assim entendesse, conversar com os representantes do Governo, porque o Governo deve ter a lista dos empreendimentos em andamento. Isso facilitaria para a tomada de decisão das Bancadas aqui nesta Casa, para saber quais os empreendimentos que estão em andamento ou não. Eu confesso que não sei, não sei se há dez, vinte ou trinta, nem sei quais são. É evidente que nós não estamos em período de diligência, porque passou da Comissão, isso dependeria de um acordo político, mas é um apelo que eu faço a Vossa Excelência. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Mônica Leal está com a palavra.

 

A SRA. MÔNICA LEAL: Eu gostaria de dizer que fiz esse pedido para saber quais são os Processos que estão tramitando na Casa, peço urgência nisso.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. Sebastião Melo, esse Requerimento a Verª Mônica Leal já fez ao Executivo, e não há resposta.

Eu sou obrigado a submeter a matéria, a menos que o conjunto da Casa delibere o contrário, porque ficou estabelecido que votaríamos na presente Ordem do Dia este Veto e mais outro. Eu vou colocar em discussão.

O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra.

 

O SR. NEREU D’AVILA: O Requerimento de nossa Líder, Verª Clênia Maranhão, incluía esse Projeto dos postos de gasolina, que, aliás, é apenas um artigo, é parcial. Por isso eu não vejo nenhum óbice que V. Exª coloque em votação, o Plenário está propenso a transferir para amanhã.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Solicito verificação de quórum, por favor.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Sofia Cavedon está solicitando verificação de quórum.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Eu acho que V. Exª estava no meio de um encaminhamento, acho que há um consenso no Plenário, levantado pelo Ver. Sebastião Melo, pelo Ver. Nereu D’Avila, para que adiássemos para a próxima Sessão, para termos mais compreensão a respeito do Processo.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nenhum problema, se quiserem submeter para a data de amanhã, não há nenhum problema, desde que haja consenso. Há consenso? Há consenso, portanto. E o Processo seguinte fica também para a Sessão de amanhã, para novas articulações.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação nominal de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Há um Requerimento do Ver. Haroldo de Souza. Em votação o Requerimento do Ver. Haroldo de Souza que requer verificação de quórum. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Nove Vereadores presentes, não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h35min.)

 

* * * * *